Jovens Solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa
09 out 20h


Entrada livre
Horário àCapela: 18h às 23h
Este espaço não é acessível a pessoas em cadeiras de rodas e com mobilidade reduzida.
O som cristalino da harpa, a doçura da flauta e a profundidade expressiva da viola – uma combinação instrumental descoberta no início do século passado. Ouvimos aqui duas das primeiras obras escritas para esta formação e uma terceira, ligeiramente mais tardia. Curiosamente, todas elas tiveram origem na confrontação com a guerra, muito embora transpareçam uma tranquilidade e uma beleza desconcertantes. São sentimentos de nostalgia, elegância e mistério. Em 1916, Paris estava sob ameaça dos conflitos da Primeira Grande Guerra. Claude Debussy, então no final da sua vida, doente, compunha sonatas como manifestos de resistência. No mesmo ano, Arnold Bax compôs este trio elegíaco em reação à Revolta da Páscoa, episódio que conduziu à independência que Irlanda conquistou do Reino Unido três anos mais tarde. É uma curiosa expressão de luto por amigos próximos do compositor que ali morreram. Por fim, a Petite Suite que André Jolivet, já em 1941, definiu como «música evasiva e alienante» diante da dramática ocupação de Paris pela tropas nazis. Em conjunto, são três testemunhos impressionistas e elegíacos compostos de ideias fugazes e minúcias tímbricas.
Programa
C. Debussy Sonata para Flauta, Viola e Harpa
A. Bax Trio Elegíaco
A. Jolivet Petite Suite
Solistas: Janete Santos (flauta), Ana Ester Santos (harpa), José Freitas (viola)