Uma das melhores coleções de arte privadas de Portugal
Todas as coleções são únicas, fruto de uma longa história feita de inúmeros momentos no espaço e no tempo, de encontros, desencontros, desejos e sensibilidades, por vezes de hesitações, mas acima de tudo de oportunidades e disponibilidades.
No caso de uma coleção particular, o verbo colecionar ganha outro significado.
É fruto da opção individual e reflete um nível intenso de dedicação e compromisso, de decisões que mesclam o subjetivo emocional do querer e do impulso, com a racionalidade objetiva do empenho e da definição de prioridades.
A Coleção constituída por Armando Martins, que permitiu a criação do MACAM, é disso exemplo. Teve um início tímido em 1974, com a aquisição da primeira obra de arte original - e hoje afirma-se como uma das melhores coleções de arte privadas de Portugal, com reconhecimento internacional.
Abrange desde o final do século XIX até à atualidade. É composta por mais de 600 obras de arte e por uma grande diversidade de linguagens e médiuns artísticos, como escultura, pintura, desenho, fotografia, vídeo e instalação.
O primeiro núcleo: arte portuguesa até ao final da década de 80
A coleção contempla, na sua fase inicial de constituição, um primeiro núcleo de arte portuguesa.
Este núcleo começa em finais do século XIX com obras do naturalismo. Prossegue pelas vanguardas do início do século XX, com as várias gerações do Modernismo, e estende-se até ao final da década de 1980.
Reúne várias obras-primas e os principais artistas desses períodos, nomeadamente José Malhoa, Almada Negreiros, Amadeu de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Guilherme Santa-Rita, António Dacosta, Vieira da Silva, José de Guimarães, Costa Pinheiro, Júlio Pomar, Lourdes Castro, Nikias Skapinakis, René Bértholo, Joaquim Rodrigo, Ângelo de Sousa, Eduardo Nery, Nadir Afonso, Júlião Sarmento, Paula Rego, Helena Almeida ou Pedro Cabrita Reis, entre muitos outros.
O segundo núcleo: arte nacional e internacional desde 1980 até à atualidade
A coleção foi extensamente ampliada com um segundo núcleo que compreende obras a partir dos anos de 1980 até à atualidade, passando a contemplar artistas internacionais.
A par de trabalhos de consagrados artistas portugueses, contempla obras exemplares dos mais renomados artistas internacionais, como Daniel Buren, Marina Abramovic, Thomas Struth, Elmgreen & Dragset, Thomas Ruff, Olafur Eliasson, Albert Oehlen, John Baldessari, Rirkrit Tiravanija, Ernesto Neto, Liam Gillick, Isa Genzken, Dan Graham, Vik Muniz. Ao todo estão representados na coleção mais de 280 artistas, vários conjuntos autorais e diversos núcleos temáticos.
A coleção encontra-se em permanente atualização.