Jovens Solistas da Metropolitana

A Metropolitana, instituição que tutela a Orquestra Metropolitana de Lisboa e três escolas de formação de músicos, dá início a uma parceria de proximidade (e cumplicidade) com o recém-inaugurado Museu de Arte Contemporânea Armando Martins. Ao longo da temporada, múltiplos agrupamentos de diferentes formatos e dimensões irão apresentar-se no espaço do Museu com repertórios variados.

Neste primeiro encontro, dividido em dois momentos, vamos descobrir o poder expressivo das percussões, capazes de unir passado e presente, tradição e experimentação, em novas e surpreendentes sonoridades. Em Water, Wine, Brandy, Brine, Viet Cuong transforma taças de cristal em instrumentos, evocando timbres etéreos. As célebres Suítes para Violoncelo de J. S. Bach, assim revisitadas em transcrições para percussões, revelam novas cores e ritmos, colocando em evidência a universalidade dessas obras-primas. Os Poslúdios de Elliot Cole convidam à escuta do vibrafone tocado com arcos, tecidos sonoros delicados e hipnóticos que se entrelaçam numa coreografia musical. O diálogo entre tradição e inovação prossegue com excertos da Water Music de Händel, aqui em diálogo com a linguagem contemporânea de Tan Dun, que também explora a musicalidade do elemento água.