Obras

Cloak of rags (bannister, with baubles) [Manta de retalhos (corrimão, com enfeites)]

sculpture
Cloak of rags (bannister, with baubles) [Manta de retalhos (corrimão, com enfeites)]
Cloak of rags (bannister, with baubles) [Manta de retalhos (corrimão, com enfeites)]
© Sebastiano Pellion di Persano
Data

2017

Técnica

Ferro, madeira e elementos de plástico pintados a tinta acrílica azul utramarino

Dimensões

75 x 270 x 88 cm

Mike Nelson é um artista britânico conhecido pelas suas instalações imersivas, que convidam o espectador a explorar cenários enigmáticos. Os seus espaços imaginários mostram vestígios de ocupação, apesar da ausência da figura humana. Utilizando artigos encontrados, frequentemente transformados em esculturas independentes, a obra de Nelson dá uma forte ênfase à sensualidade do objeto e ao seu poder de comunicar os contextos e histórias do passado dos quais tem feito parte.

A génese de - Cloak of rags (banister, with baubles
) está ligada à instalação de Nelson na sede do banco USB no Mónaco. Antes da sua renovação, tornou-se espaço de trabalho para Nelson. Intitulado - Cloak
, Nelson pulverizou todas as superfícies interiores - desde as partes arquitetónicas até aos objetos e mobiliário deixados para trás -, com tinta azul. Mergulhado em azul, o ambiente criou uma sensação de estar preso debaixo de água, perturbando o sentido de perceção e realidade. Inspirado pela ligação do local ao capital, entrelaçado com as mudanças geográficas das potências e das economias mundiais, Nelson olhou para o passado, para o lado monetário do pigmento e da cor, onde os pigmentos azuis eram alguns dos mais raros e mais caro. Também conhecido como Ultramarino, o pigmento foi trazido pela primeira vez do Afeganistão para a Europa no século XIV e tornou-se amplamente utilizado na Renascença e mais tarde em pinturas barrocas, normalmente para a representação de temas sagrados. O - Cloak of rags (banister, with baubles)
pertence ao rescaldo da exposição inicial baseada no ambiente, onde alguns dos artefactos arquitetónicos foram removidos do cenário inicial, poupando estas obras à demolição. A obra é uma continuação do interesse de Nelson no autoconsumo do objeto e um escrutínio da sua mudança para escultura.



Marketa Condeixa