Obras
Schlafzimmer 1999 (Modell) (aus der serie «Raumbilder») [Quarto 1999 (Modelo) (da série «Imagens de espaços»)]
photography
![Schlafzimmer 1999 Modell (aus der serie «Raumbilder») [Modelo Quarto 1999 (da série «Imagens de espaços»)]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-3241_w840.jpg)
![Schlafzimmer 1999 Modell (aus der serie «Raumbilder») [Modelo Quarto 1999 (da série «Imagens de espaços»)]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-3241_w840.jpg)
Data
2001
Técnica
Impressão Lambda
Dimensões
33 x 40 cm
A série fotográfica Raumbilder retrata uma sequência de interiores imaginários. Baseada em modelos criados pelo artista, a série representa uma realidade construída, mas não é um reflexo da realidade vivida, como se poderia pensar numa abordagem ao meio da fotografia. Sem qualquer objeto pessoal ou sequer uma presença humana, estas imagens apresentam uma composição minimalista de ambientes interiores. Salas com poucas peças de mobiliário, sobretudo com sofás e tapetes, em tons neutros, brancos, cinzentos, castanhos, pretos, onde os pontos de fuga criados por sugestões de luz natural ou artificial saltam para o espaço através de entradas, janelas, espelhos com luz branca ou amarela proporcionam uma divisão acentuada entre o seu interior e o seu exterior, apresentando, por um lado, uma dimensão mais real e humana. Calculados e compostos com detalhe, gerando situações fictícias com um elevado grau de perfeição, estes espaços imaginários e sinistros distinguem-se por um elevado nível de interioridade. Ao olharmos mais de perto, notamos que alguns elementos que compõem o espaço referem-se, na sua textura, a materiais de construção de modelos, e não à construção ou decoração interior propriamente dita.
O conceito de espaço de Ranner remete para as visões artísticas do espaço durante o final do século XIX e início do século XX, em que escadas, portas e janelas foram transformadas de construções espaciais funcionais em zonas de transição para o desconhecido. Assumindo o papel de voyeur, o espectador torna-se um ator ativo na construção da peça que, pela sua natureza enigmática, gera uma sensação de suspensão semelhante à sensação de olhar para a cena do thriller onde a antecipação se combina com o medo da revelação.
Markéta Condeixa
O conceito de espaço de Ranner remete para as visões artísticas do espaço durante o final do século XIX e início do século XX, em que escadas, portas e janelas foram transformadas de construções espaciais funcionais em zonas de transição para o desconhecido. Assumindo o papel de voyeur, o espectador torna-se um ator ativo na construção da peça que, pela sua natureza enigmática, gera uma sensação de suspensão semelhante à sensação de olhar para a cena do thriller onde a antecipação se combina com o medo da revelação.
Markéta Condeixa