Artistas

António Charrua

1925LisboaPortugal
2008ÉvoraPortugal
António Charrua (Lisboa, 1925 - Évora, 2008) frequentou o liceu em Évora e, posteriormente, na Parede. Em 1944, ingressou no curso preparatório de Engenharia da Faculdade de Ciências, não o concluindo. O mesmo se sucederia com o curso de Arquitetura da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, que frequentou em 1950. Realiza a sua primeira exposição individual, em 1953, na Galeria António Carneiro, no Porto. A partir do mesmo ano, expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro, participando, no contexto nacional, nas exposições colectivas mais relevantes da sua época, tais como a Exposição Geral de Artes Plásticas na Sociedade Nacional de Belas Artes (1953), a Exposição da Jovem Pintura na Galeria de Março (1953) e as Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1957, 1961 e 1986). Ainda nos anos 50 começa a trabalhar em gravura, frequentando a Cooperativa dos Gravadores Portugueses. Em 1960, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, viaja por Espanha, Bélgica, França, Holanda, Itália e Suíça. Inicialmente, a sua obra é fortemente marcada por Van Gogh e Picasso. Contudo, nos anos 60, a Pop Art definiria a sua linguagem plástica. Ao longo desta década, mantém uma intensa actividade expositiva, destacando-se, em 1965, a representação de Portugal na Bienal de Tóquio. Colabora ainda com a Editorial Presença, Portugália Editora e Sociedade de Expansão Cultural na realização de diversas capas para livros. Em 1970, realiza uma importante exposição individual de inauguração da Galeria Numaga II, em Neuchâtel. Nos anos seguintes, começa a trabalhar com vitral, tapeçaria e azulejos, viajando regularmente para a Suíça, onde expõe em diversas galerias. Em 1990, o retorno ao contexto nacional é marcado pela exposição individual na Galeria Palmira Suso, e por diversas distinções, tais como a Medalha de Mérito Municipal, que recebe em Évora. Durante os seus últimos anos, vive entre Évora, Santiago do Cacém e Torres Vedras, continuando a dedicar-se ao azulejo e ao vitral mesmo depois de abandonar a sua atividade expositiva. Em 2001, a sua obra foi alvo de uma retrospectiva no Museu de Évora e, em 2015, de uma exposição antológica no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, intitulada X de Charrua.
 
FMV, junho 2020

Obras

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    António Charrua