David Claerbout
David Claerbout nasceu em 1969 em Kortrijk, na Bélgica. Estudou na National Academy of Fine Arts, Antuérpia, e na Rijksakadamie of Visual Arts, Amesterdão, entre 1992 e 1995. Vive e trabalha entre Antuérpia e Berlim.
Formado em pintura e desenho, David Claerbout passa, em meados dos anos de 1990, a interessar-se pelos novos media tecnológicos, incluindo a fotografia, o vídeo e o som. A incorporação do digital, a partir de 2000, tornou-se uma consequência inevitável do seu percurso, sendo hoje determinante na prática do artista. Claerbout é mestre em confundir a imagem parada com a imagem em movimento, como as suas instalações audiovisuais bem plasmam. A perceção da passagem do tempo, explorada conceptual e sensitivamente, tem constituído assim um campo de interesse inesgotável nas suas obras. Tangíveis a esta pesquisa, surgem preocupações ligadas à construção da visualidade e da narrativa, à temporalidade e à memória, à perecibilidade e regeneração, ao biológico e ao digital.
A dualidade da perecibilidade e regeneração está inclusive muito presente no vídeo da coleção.
Por outro lado, é importante precisar que a introdução da tecnologia digital dá-se no caso do artista a partir do ano de 2000. Claerbout tem participado em inúmeras exposições individuais e coletivas nas mais prestigiadas instituições. Individualmente, expôs no Museum Boijmans Van Beuningen, Roterdão (2003); Centre Pompidou, Paris (2007); WIELS, Bruxelas; San Francisco Museum of Modern Art (2011); Secession, Viena (2012); MAMCO, Genève (2015); Pinacoteca de São Paulo (2017); Kunst Museum Winterthur (2020); Garage Museum of Contemporary Art, Moscovo (2021) e Milwaukee Art Museum (2022), entre outros. Das coletivas mais recentes, destacam-se: Days of Endless Time, Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Washington, D.C. (2014); WAITING. Between Power and Possibility, Hamburger Kunsthalle, Hamburgo (2017); 100 ways to live a minute, Pushkin State Museum of Fine Arts, Moscovo (2020) e The World: Reglitterized, Haus der Kunst, Munique (2021). Marcou presença nas Bienais de São Paulo (2010); Sharjah (2013); Moscovo (2013) e Sidney (2014).
Recebeu o Will-Grohmann-Preis da Berlin Akademie der Künste, em 2007 e o Peill-Preis do Günther-Peill-Stiftung, em 2010. Participou no Programa de residências artísticas DAAD entre 2002 e 2003. Tem a sua obra representada nas mais variadas coleções institucionais entre elas: Boijmans van Beuningen, Roterdão; Musée National d'Art Moderne - Centre Pompidou, Paris; Guggenheim Museum, New York; Hirshhorn Museum, Washington DC; MUHKA Museum van Hedendaagse Kunst, Antuérpia; Pinakothek der Moderne, Munique; S.M.A.K; Gent e The Israel Museum, Jerusalém.
Sofia Nunes