Obras
Wildfire (Meditation on Fire) [Fogo Selvagem (Meditação no Fogo)]
video
![Wildfire (Meditation on Fire) [Fogo Selvagem (Meditação no Fogo)]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-3364_w840.jpg)
![Wildfire (Meditation on Fire) [Fogo Selvagem (Meditação no Fogo)]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-3364_w840.jpg)
Data
2019-2020
Técnica
Vídeo e animação 3D, cor, audio estéreo, 24'
Resultante de uma investigação que David Claerbout desenvolve acerca do valor das imagens, da procura da verdade ótica e dos desenvolvimentos técnicos da sua manipulação 3D, a presente obra explora o poder computacional necessário para simular uma "natureza morta" artificial e detalhada. Tal como em trabalhos anteriores, Claerbout desafia o naturalmente inatingível ao permitir o observador aceder, através de meios digitais, a realidades impossíveis de experienciar de outro modo.
- Wildfire (meditation on fire)
é um vídeo de ritmo lento e narrativa circular, que retrata uma floresta verdejante e outros elementos naturais na qual se desenrola a ação inesperada de um incêndio florestal. Composto por planos lentos e um silêncio marcante prolongado, este vídeo, parece convocar a abstração da própria matéria retratada, desacelerando e arrastando-se a experiência visual que contraria a própria ideia de uma perceção linear do tempo. Deste modo, é desafiada a compreensão da autenticidade das imagens na forma como são construídas na era atual, acentuando-se a tensão entre aquilo que é analógico e digital.
Ao ser projetado para dentro do fogo, o observador é confrontado com uma realidade ilusória, uma vez que a programação biológica inerente às criaturas vivas, despoleta um reflexo que promove o instinto de autossobrevivência e impele ao afastamento de perigos que podem comprometer a sua segurança. Por oposição, ao ser convocada a ação de meditação é criada numa situação insólita e impraticável.
Nas palavras do artista, uma imagem é sempre composta de superfície e perplexidade. A superfície da imagem é o que se estende até às extremidades do plano e a perplexidade, por outro lado, implica que a mensagem viaje mais rápido do que o seu entendimento, fazendo parar quem a observa. Esta obra parece, desta forma, proporcionar um estado hipnótico ao reunir o Belo que reside no trágico natural e a virtude técnica, mas fictícia do digital, na construção de um fogo que nunca existiu.
Carolina Quintela
- Wildfire (meditation on fire)
é um vídeo de ritmo lento e narrativa circular, que retrata uma floresta verdejante e outros elementos naturais na qual se desenrola a ação inesperada de um incêndio florestal. Composto por planos lentos e um silêncio marcante prolongado, este vídeo, parece convocar a abstração da própria matéria retratada, desacelerando e arrastando-se a experiência visual que contraria a própria ideia de uma perceção linear do tempo. Deste modo, é desafiada a compreensão da autenticidade das imagens na forma como são construídas na era atual, acentuando-se a tensão entre aquilo que é analógico e digital.
Ao ser projetado para dentro do fogo, o observador é confrontado com uma realidade ilusória, uma vez que a programação biológica inerente às criaturas vivas, despoleta um reflexo que promove o instinto de autossobrevivência e impele ao afastamento de perigos que podem comprometer a sua segurança. Por oposição, ao ser convocada a ação de meditação é criada numa situação insólita e impraticável.
Nas palavras do artista, uma imagem é sempre composta de superfície e perplexidade. A superfície da imagem é o que se estende até às extremidades do plano e a perplexidade, por outro lado, implica que a mensagem viaje mais rápido do que o seu entendimento, fazendo parar quem a observa. Esta obra parece, desta forma, proporcionar um estado hipnótico ao reunir o Belo que reside no trágico natural e a virtude técnica, mas fictícia do digital, na construção de um fogo que nunca existiu.
Carolina Quintela