João Gusmão & Paiva

João Maria Gusmão, nasceu em Lisboa, em 1979 e Pedro Paiva, nasceu na mesma cidade, em 1978. A partir de 2001, iniciam uma colaboração como dupla artística, dando corpo a uma obra que abrange tanto filme, escultura, instalações como curtas-metragens de 16mm e 35mm.  O trabalho desenvolvido tem como principal característica o fascínio sobre aquilo que escapa à compreensão, questionando o valor da racionalidade. As obras retratam episódios encenados e experiências pseudocientíficas com uma envolvente poética e cómica/irónica. Nos últimos anos, a produção de Gusmão e Paiva centrou-se na ideia de movimento e duração, numa experiência sensorial alargada. Participaram em diversas bienais internacionais como na 27ª Bienal de São Paulo, Brasil, em 2006, na 6ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil, 2007, na Manifesta 7, Itália, 2008, representaram Portugal na 53ª Bienal de Veneza, 2009, 8ª Bienal de Gwangju, Coreia do Sul, 2010 e em 2013, na mostra central da 55ª Bienal de Veneza, O Palácio Enciclopédico, em Itália. Enquanto dupla expuseram regularmente, destacando-se as exposições individuais Papagaio, Hangar Bicocca, Milão, Itália, em 2014, The Missing Hippopotamus, Kkv Kolnischer Kunstverein, Colónia, Alemanha, 2015, Capsule 05 / João Maria Gusmão & Pedro Paiva: Peacock, Haus der Kunst, Munique, Alemanha, 2016, Animais que ao longe parecem moscas, Centro de Arte Oliva, São João da Madeira, Portugal, 2017, Lua Cão (com Alexandre Estrela), La Casa Encendida, Madrid, Espanha e no Kuntsverein München, em Munique, Alemanha, ambas em 2018, A Pele do Fantasma, RIALTO, Lisboa, 2019. Mais recentemente, em 2021, apresentaram no Museu de Serralves, Porto, a exposição retrospetiva Terçolho, que incluiu obras realizadas ao longo de quase duas décadas. Das exposições coletivas destacam-se Sobreposições, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa, 2007, Leopards in the Temple, Sculpture Center, Nova Iorque, Estados Unidos da América, 2010, Natureza Morta, Inhotim, Brumadinho, Brasil, 2013, Like a Moth to a Flame, Fondazione Sandretto Rebaudengo, Turino, Itália, 2017, Flora, Atelier-Museu Júlio Pomar, Lisboa, 2021. 
Em 2019 puseram termo à sua colaboração, e atualmente desenvolvem o seu percurso a solo. Gusmão & Paiva têm o seu trabalho representado em diversas coleções privadas e institucionais, em Portugal e no estrangeiro. 
 
CQ, agosto 2022