Artistas

João Vaz

1859SetúbalPortugal
1931LisboaPortugal
João Vaz (Setúbal, 1859 – Lisboa, 1931) frequentou a Academia Real de Belas Artes de Lisboa, entre 1872 e 1878, onde usufruiu dos ensinamentos de Tomás de Anunciação. Após concluir os estudos, não tendo obtido bolsa no estrangeiro, viaja por vários locais, nomeadamente França, onde estabelece contacto com naturalistas franceses. Entre 1883 e 1925, assume o cargo de diretor da Escola Industrial Afonso Domingues. Foi também um sócio fundador do Grémio Artístico e da Sociedade Nacional de Belas Artes. A sua obra estreia-se, publicamente, em 1880, na duodécima exposição da Sociedade Promotora de Belas Artes. A partir desta data, expõe regularmente em Portugal, mas também fora do país, em diversas exposições Internacionais e Universais (obtendo menção honrosa em 1900, na de Paris, e em 1904 uma medalha, na de St. Louis, EUA). Nesta fase, frequentaria já a Cervejaria do Leão de Ouro na companhia de outros jovens artistas, onde elaboravam projetos e debatiam novidades vindas do estrangeiro. Assim se formou o Grupo de Leão - sendo Silva Porto a figura central e João Vaz um dos membros fundadores -, grupo responsável pela penetração do naturalismo na pintura portuguesa. Foi um membro ativo do grupo, participando nas oito exposições que realizaram. Após a sua desintegração, em 1989, Vaz volta a ser uma figura fundadora e ativa no Grémio Artístico, que dá continuidade à missão do grupo anterior. Foi, gradualmente, vendo um reconhecimento da sua obra, sendo múltiplas vezes galardoado. Desempenha ainda um papel importante a nível do ensino, tendo sido convidado a lecionar também fora da sua escola. Contribuiu para a arte portuguesa com um vasto repertório, não só a nível de quantidade, como de variedade temática. As marinhas foram o seu género de pintura predileto, produzindo essencialmente as paisagens do Tejo e do Sado. Porém, contribuiu também com outros tipos de produções pictóricas, destacando-se as suas arquiteturas. A sua pintura integra diversas coleções nacionais públicas e privadas.
 
FMV, outubro 2020
  

Obras

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  • Marinha
    Marinha

    João Vaz