Rui Toscano

Rui Toscano nasceu em Lisboa em 1970. Entre 1988 e 1990 estudou pintura no Ar.Co – Centro de Artes e Comunicação Visual, prosseguindo a sua formação na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, onde frequentou os cursos de Pintura (1989-1994) e Escultura (1994-1997). Começou a expor ainda como estudante, em mostras que organizava com artistas da mesma geração, nomeadamente: Independent Worm Saloon, SNBA, 1994, Zapping Ecstasy, no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, 1996 e X-Rated, na ZDB, 1997. Recebeu em ex.aequo, com João Onofre, o prémio União Latina em 2000.
Toscano tem vindo a trabalhar no campo da escultura, som, vídeo, instalação, fotografia e desenho. Bricks are heavy, realizada em 1994 é a primeira obra de uma série de esculturas-instalações realizada a partir do radiogravador em que se destaca a emblemática obra ...They Say We’re Generation X But I Say We’re Generation Fuck You!, 1995. Tecnicamente em obsolescência, a apresentação destes objetos reativa características sonoras e convoca formalmente o legado visual minimalista. Desde 2009, tem trabalhado sobre a exploração espacial e o cosmos, em obras que cruzam a ficção científica cinematográfica e o imaginário de civilizações pré-clássicas. 
Paralelamente, tem desenvolvido colaborações artísticas em projetos como os Tone Scientists com Rui Valério e Carlos Roque; e Dub Video Connection, com João Carrilho (1997-2000). Criou em 1991 a editora Moneyland Records com João Paulo Feliciano, artista com quem também integrou o grupo Houseware Experience, juntamente com Hélder Luís e Rui Valério e o coletivo Houselab, em que participam igualmente Rafael Toral, Rui Gato e Hélder Luís. 
O seu trabalho tem sido exibido em inúmeras exposições, destacando-se as individuais Rui Toscano 1, Museu de Serralves, 2002; Abstrakt, Sintra Museu de Arte Moderna, 2006; The Great Curve, Chiado 8 – Arte Contemporânea, 2009; Rui Toscano Esculturas Sonoras 1994-2013, Culturgest Lisboa, 2013; Rui Toscano Civilizações de Tipo I, II, III, MNAC e CIAJG (20015-16); e Eu Sou o Cosmos, Cristina Guerra Contemporay Art, 2018. Entre outras instituições públicas e privadas, o seu trabalho está representado nas coleções da Caixa Geral de Depósitos, Coleção António Cachola, Coleção Serralves, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e PLMJ. 
 
RS, setembro 2020