Obras
As Três Graças
painting


Data
c. 1930
Técnica
Óleo sobre tela
Dimensões
162,5 x 129 cm
Embora não datada, esta pintura de Francis Smith (também conhecida como Mulheres no Jardim) aponta para a sua produção retratística de cerca de 1915-20 (de acordo com o historiador Jorge Costa).
Sem relação com a estória mitológica das Três Graças (além do presente título), esta composição mostra três jovens mulheres num recanto verde de algum jardim. A hipótese de se tratar de um espaço privado é sustentada pela presença da mesa com toalha debruada a renda, em que repousam um prato com fruta (citação de natureza-morta) e um elegante solitário no qual uma jovem (provável retrato de Yvonne Mortier, mulher do artista) coloca uma camélia e pela aproximação, do fundo da composição, de uma outra figura feminina (porventura uma criada, a avaliar pela touca branca) com um tabuleiro na mão.
Vivendo um momento de tranquilidade algo etéreo, estas três jovens mulheres não seduzem o espectador, nem tão-pouco lutam entre si por atenção. A sua presença serena é salientada pela expressão dos seus rostos e corpos, e pela luz que emana dos vários brancos dos seus vestidos, focos intensos de luz na absoluta densidade de verdes luxuriantes que as emolduram e que conduzem o olhar do espectador para as cores quentes das flores e dos frutos. Uma construção em triângulo desce do telhado do abrigo de jardim para a cabeça de Yvonne e a camélia depositada no solitário, e avança para o ramo de flores e as cabeças das outras duas jovens. A mancha quente dos frutos puxa-nos de novo o olhar para a base da composição, revelando nas poses descontraídas, a distanção de um tempo suspenso vivido longe de tensões míticas por estas simples e seguras de si mulheres num jardim.
EF
Sem relação com a estória mitológica das Três Graças (além do presente título), esta composição mostra três jovens mulheres num recanto verde de algum jardim. A hipótese de se tratar de um espaço privado é sustentada pela presença da mesa com toalha debruada a renda, em que repousam um prato com fruta (citação de natureza-morta) e um elegante solitário no qual uma jovem (provável retrato de Yvonne Mortier, mulher do artista) coloca uma camélia e pela aproximação, do fundo da composição, de uma outra figura feminina (porventura uma criada, a avaliar pela touca branca) com um tabuleiro na mão.
Vivendo um momento de tranquilidade algo etéreo, estas três jovens mulheres não seduzem o espectador, nem tão-pouco lutam entre si por atenção. A sua presença serena é salientada pela expressão dos seus rostos e corpos, e pela luz que emana dos vários brancos dos seus vestidos, focos intensos de luz na absoluta densidade de verdes luxuriantes que as emolduram e que conduzem o olhar do espectador para as cores quentes das flores e dos frutos. Uma construção em triângulo desce do telhado do abrigo de jardim para a cabeça de Yvonne e a camélia depositada no solitário, e avança para o ramo de flores e as cabeças das outras duas jovens. A mancha quente dos frutos puxa-nos de novo o olhar para a base da composição, revelando nas poses descontraídas, a distanção de um tempo suspenso vivido longe de tensões míticas por estas simples e seguras de si mulheres num jardim.
EF