Obras
Brexit
sculpture


Data
2017
Técnica
Impressão a jato de tinta com tinta UVI em penas
Dimensões
75 x 55 cm
As obras multimédia de Avelino Sala aprofundam questões sociais e culturais urgentes, tais como fronteiras, racismo, globalização, poder e convulsões políticas. Provavelmente o mais central na sua prática é a questão das identidades cujas conceções estão associadas ao território, moeda, bandeiras, nações e estados.
- Dream Catcher Run Away Plan (Brexit)
evoca um espanta-espíritos dos índios americanos feito de penas em que as bandeiras europeias são foto-impressas com tintas UV, obtendo-se assim cores vivas. A União Europeia é representada como um todo, simbolizada pela ligação perfeitamente regular das penas num aro. O Reino Unido, que fazia parte da União, está fora do círculo, suspenso na ponta de um fio. Assim, a instalação é uma referência direta à saída britânica, designada como Brexit, que foi decidida em junho de 2016, na sequência de um referendo efetuado em todo o Reino Unido, onde 52% votaram a favor da saída.
A extrema leveza e delicadeza da peça circular evocam não só a fragilidade de cada estado representado pela sua respetiva bandeira, mas também a da própria União. A analogia entre a União Europeia e um apanhador de sonhos, que é um objeto apotropaico protetor e mágico contra o mal ou o infortúnio, reforça a ideia de que este frágil projeto precisa de ser protegido contra a desarmonia e a divisão. Só é possível atingir um estado favorável e benéfico de união de forças e comunhão através da cooperação, solidariedade e participação coletiva.
Apesar de se manter à margem do grupo, por baixo do aro, o Reino Unido continua preso a ele por um fio azul, a cor das bandeiras da ONU e da UE, e que está tradicionalmente associada a ideias de harmonia e lealdade. No entanto, como sugere o seu título, a obra de arte pode ser vista como um protesto subtil contra a evolução contestável do sonho europeu resultando na perda de um dos seus principais membros.
Katherine Sirois
- Dream Catcher Run Away Plan (Brexit)
evoca um espanta-espíritos dos índios americanos feito de penas em que as bandeiras europeias são foto-impressas com tintas UV, obtendo-se assim cores vivas. A União Europeia é representada como um todo, simbolizada pela ligação perfeitamente regular das penas num aro. O Reino Unido, que fazia parte da União, está fora do círculo, suspenso na ponta de um fio. Assim, a instalação é uma referência direta à saída britânica, designada como Brexit, que foi decidida em junho de 2016, na sequência de um referendo efetuado em todo o Reino Unido, onde 52% votaram a favor da saída.
A extrema leveza e delicadeza da peça circular evocam não só a fragilidade de cada estado representado pela sua respetiva bandeira, mas também a da própria União. A analogia entre a União Europeia e um apanhador de sonhos, que é um objeto apotropaico protetor e mágico contra o mal ou o infortúnio, reforça a ideia de que este frágil projeto precisa de ser protegido contra a desarmonia e a divisão. Só é possível atingir um estado favorável e benéfico de união de forças e comunhão através da cooperação, solidariedade e participação coletiva.
Apesar de se manter à margem do grupo, por baixo do aro, o Reino Unido continua preso a ele por um fio azul, a cor das bandeiras da ONU e da UE, e que está tradicionalmente associada a ideias de harmonia e lealdade. No entanto, como sugere o seu título, a obra de arte pode ser vista como um protesto subtil contra a evolução contestável do sonho europeu resultando na perda de um dos seus principais membros.
Katherine Sirois