Obras
Capital Sinister Manuscript (Deluxe Version) [Manuscrito Sinistro Capital (Versão Deluxe)]
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![Capital Sinister Manuscript (Deluxe Version) [Manuscrito Sinistro Capital (Versão Deluxe)]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-960_w840.jpg)
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Data
2008
Técnica
Livro impresso com encadernação em linho
Dimensões
33 x 23 x 6,5 cm
Uma das obras literárias com maior relevância nas ciências sociais e económicas, e que ainda hoje é uma ferramenta pertinente para a crítica do sistema em que muitos de nós se insere, é - Das Kapital
de Karl Marx, publicada, pela primeira, vez em 1867. Esta obra foi usada em muitos movimentos populares de justiça social e teve uma profunda influência na América Latina, não apenas nos meios académicos, mas também nas revoluções esquerdistas que varreram a região, especialmente em meados do século passado. A tradução espanhola mais comum está, no entanto, repleta de erros, grande parte afetando o próprio conteúdo conceptual do livro.
- El Capital
é o ponto de partida para - Capital / Piracy
, projeto de Milena Bonilla, do qual surge a edição - Capital Sinister Manuscript - Deluxe Version.
A versão espanhola da famosa obra de Marx, ilegal na sua origem, é neste projeto artístico reescrita na íntegra com a mão esquerda por uma pessoa destra, da qual resultaram 3 edições de artista: uma edição é comercializada por livrarias e galerias, outra versão “pirata” que foi distribuída gratuitamente nas ruas de Bogotá e Havana, e uma edição limitada de 10 volumes, com capa dura e lombada de ouro, a qual é aqui referida.
O ato de copiar um livro à mão ganha um valor incrível quando este livro examina precisamente o valor de uma mercadoria e de como a mão-de-obra é temporizada e sintonizada dependendo de valores de troca de certo produto, explorada a ponto de criar um valor acrescentado a ser acumulado por quem lidera um negócio. Um ato artístico é também uma forma de acrescentar valor a um objeto mas, neste caso, a dedicação laboral é também penosa e significativa. A utilidade do livro é, porém, anulada, sendo o prólogo a única parte legível. Por outro lado, também a mão esquerda pode carregar uma simbologia política, mas neste caso é incapaz de transmitir a mensagem pretendida - um ato tanto poético com humor satírico da artista colombiana.
Diogo da Cruz
de Karl Marx, publicada, pela primeira, vez em 1867. Esta obra foi usada em muitos movimentos populares de justiça social e teve uma profunda influência na América Latina, não apenas nos meios académicos, mas também nas revoluções esquerdistas que varreram a região, especialmente em meados do século passado. A tradução espanhola mais comum está, no entanto, repleta de erros, grande parte afetando o próprio conteúdo conceptual do livro.
- El Capital
é o ponto de partida para - Capital / Piracy
, projeto de Milena Bonilla, do qual surge a edição - Capital Sinister Manuscript - Deluxe Version.
A versão espanhola da famosa obra de Marx, ilegal na sua origem, é neste projeto artístico reescrita na íntegra com a mão esquerda por uma pessoa destra, da qual resultaram 3 edições de artista: uma edição é comercializada por livrarias e galerias, outra versão “pirata” que foi distribuída gratuitamente nas ruas de Bogotá e Havana, e uma edição limitada de 10 volumes, com capa dura e lombada de ouro, a qual é aqui referida.
O ato de copiar um livro à mão ganha um valor incrível quando este livro examina precisamente o valor de uma mercadoria e de como a mão-de-obra é temporizada e sintonizada dependendo de valores de troca de certo produto, explorada a ponto de criar um valor acrescentado a ser acumulado por quem lidera um negócio. Um ato artístico é também uma forma de acrescentar valor a um objeto mas, neste caso, a dedicação laboral é também penosa e significativa. A utilidade do livro é, porém, anulada, sendo o prólogo a única parte legível. Por outro lado, também a mão esquerda pode carregar uma simbologia política, mas neste caso é incapaz de transmitir a mensagem pretendida - um ato tanto poético com humor satírico da artista colombiana.
Diogo da Cruz