Obras
Choque
installation


Data
2019
Técnica
Acrílico sobre vidro laminado partido
Dimensões
240 x 305 cm (240 x 160; 220 x 200; 200 x 150; 130 x 130 cm)
O conjunto das obras apresentadas insere-se numa arquitetura conceptual e estética interventiva e proporciona a reflexão sobre o modo operante das forças instituídas e o poder do Estado na sociedade atual. A expressão reativa sobre essas forças tem vindo a ser explorada por Dora Longo Bahia ao longo dos anos, de modo a simultaneamente denunciar e explicitar comportamentos dúbios que se desenvolvem na supressão da resistência. - Choque ou Tropa
- de Choque
, nome dado à polícia especial brasileira responsável pela defrontação e contenção de multidões e protestos, coincidente com o título das obras, é retratada de forma crua e visceral.
Longo Bahia propõe a reflexão sobre a ambiguidade identitária subjacente à pressuposição ideológica da segurança e proteção e da consequente subversão instaurada pela filosofia do medo e da corrupção, dados referentes à realidade histórica-política específica do Brasil contemporâneo.
Tendo como referência os ataques às lojas durante o protesto de São Paulo em 2013, esta obra coloca em evidência os métodos desenvolvidos pela polícia. Também o suporte das obras, pintura acrílica sobre um conjunto parcialmente sobreposto de placas de vidro laminado e superficialmente estilhaçado, é uma metáfora para as inúmeras montras e vitrines comerciais partidas e acidentadas durante confrontos populacionais, que como sabemos não terminaram da melhor forma. As figuras policiais retratadas, de rosto coberto e numa posição de investida, em proporção semelhante às dimensões de um corpo humano real criam um enorme impacto visual e físico que torna, de forma quase vívida, essa realidade reminiscente ao espectador, podendo também este tornar-se quase parte integrante da narrativa.
Carolina Quintela
- de Choque
, nome dado à polícia especial brasileira responsável pela defrontação e contenção de multidões e protestos, coincidente com o título das obras, é retratada de forma crua e visceral.
Longo Bahia propõe a reflexão sobre a ambiguidade identitária subjacente à pressuposição ideológica da segurança e proteção e da consequente subversão instaurada pela filosofia do medo e da corrupção, dados referentes à realidade histórica-política específica do Brasil contemporâneo.
Tendo como referência os ataques às lojas durante o protesto de São Paulo em 2013, esta obra coloca em evidência os métodos desenvolvidos pela polícia. Também o suporte das obras, pintura acrílica sobre um conjunto parcialmente sobreposto de placas de vidro laminado e superficialmente estilhaçado, é uma metáfora para as inúmeras montras e vitrines comerciais partidas e acidentadas durante confrontos populacionais, que como sabemos não terminaram da melhor forma. As figuras policiais retratadas, de rosto coberto e numa posição de investida, em proporção semelhante às dimensões de um corpo humano real criam um enorme impacto visual e físico que torna, de forma quase vívida, essa realidade reminiscente ao espectador, podendo também este tornar-se quase parte integrante da narrativa.
Carolina Quintela