Obras
Gulliver [Guliver]
sculpture
![Gulliver [Guliver]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-3027_w840.jpg)
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Data
2004
Técnica
Madeira, alumínio e borracha
Dimensões
61,8 x 218 x 250 cm
José António Hermánez Diez faz parte de uma forte geração de artistas venezuelanos que surgiram nos anos 80. As suas esculturas, fotografias e instalações apropriam-se de materiais industriais, e objetos comuns, muitas vezes reconfigurando-os fisicamente, através da inserção de uma ressonância filosófica e emocional.
Aproveitando a associação formal e a metáfora, Gulliver, 2004 recompõe um grupo de objetos quotidianos cuidadosamente selecionados pelo artista e invertidos através da sua remoção e colocação num novo contexto. Construído a partir de um bloco de madeira e de um conjunto de objetos metálicos, semelhantes a escadas rolantes, cuidadosamente colocados de ambos os lados do bloco central da escultura, as características formais desta obra refletem, por um lado, o legado do minimalismo, ligado a conceitos de disponibilidade comercial e de produção industrial, e por outro lado, a orientação para o consumo, que determina o nosso presente. Um tema, que, juntamente com o tema da globalização, moldou uma parte essencial da obra do artista. A escada rolante, símbolo de centros comerciais ou aeroportos, sugere mobilidade dentro do núcleo do consumo, transportando os consumidores invisíveis para o infinito. A ausência da figura, a escala da obra e o título sugerem uma comunidade de anões, passando por escadas rolantes em miniatura, entregues ao seu universo privado sem se olharem ou se reconhecerem, dando forma a uma poderosa metáfora sobre noções contemporâneas de vida. A ironia e o humor subtil da obra, característicos da prática de Diez, são um instrumento eficaz de envolvimento, tornando o espectador cúmplice na construção e interpretação da obra.
Aproveitando a associação formal e a metáfora, Gulliver, 2004 recompõe um grupo de objetos quotidianos cuidadosamente selecionados pelo artista e invertidos através da sua remoção e colocação num novo contexto. Construído a partir de um bloco de madeira e de um conjunto de objetos metálicos, semelhantes a escadas rolantes, cuidadosamente colocados de ambos os lados do bloco central da escultura, as características formais desta obra refletem, por um lado, o legado do minimalismo, ligado a conceitos de disponibilidade comercial e de produção industrial, e por outro lado, a orientação para o consumo, que determina o nosso presente. Um tema, que, juntamente com o tema da globalização, moldou uma parte essencial da obra do artista. A escada rolante, símbolo de centros comerciais ou aeroportos, sugere mobilidade dentro do núcleo do consumo, transportando os consumidores invisíveis para o infinito. A ausência da figura, a escala da obra e o título sugerem uma comunidade de anões, passando por escadas rolantes em miniatura, entregues ao seu universo privado sem se olharem ou se reconhecerem, dando forma a uma poderosa metáfora sobre noções contemporâneas de vida. A ironia e o humor subtil da obra, característicos da prática de Diez, são um instrumento eficaz de envolvimento, tornando o espectador cúmplice na construção e interpretação da obra.