Obras
Il futuro non è ciò che era [O futuro não é o que era]
installation
![Il futuro non è ciò che era [O futuro não é o que era]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-3349_w840.jpg)
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Data
2017
Técnica
Óleo sobre tela (37x), cerâmica e madeira pintada
Dimensões
Dimensões variáveis
Nacho Martin Silva investiga modalidades de representação, explorando formas de ver através de métodos de pintura e de exposição. Repleta de referências visuais da história de arte, desde a pintura, escultura, fotografia e cinema, até às imagens retiradas de revistas, jornais e livros, a sua obra entretece dimensões técnicas, culturais e conceptuais.
Focando-se nas dinâmicas de organização composicional, Martín Silva desenvolveu uma abordagem específica que consiste na construção de imagens por meio de montagem, sequência, associação e confrontação, enquanto simultaneamente utiliza processos de decomposição, desconstrução, fragmentação ou sincopação. Assim, o artista produz imagens e instalações paradoxais em que os elementos reunidos contrastantes estão num estado de constante tensão. Em - Il futuro non è ciò che era
, o artista justapõe três modos de representação de um tema específico, o de uma figura feminina em pé. A instalação combina uma pequena escultura de cerâmica e um conjunto de 37 pequenas pinturas a óleo sobre linho. De entre essas pinturas, uma emerge das outras e dá ao espetador uma imagem completa e unificada da mulher, enquanto que ela aparece como parcialmente desmantelada através da pouco convencional montagem das restantes 36 pinturas, em que a escala de representação foi ampliada. Tal como peças de um- puzzle
fora do seu lugar próprio, algumas das pinturas que compõem a figura foram deslocadas. Enquanto que o objeto tridimensional e a pintura autónoma estão colocados num pedestal saliente na parede, a composição muito maior desenvolve-se nas duas paredes perpendiculares. Duplicando a superfície expositiva, expande-se em planos horizontais e verticais, quebrando desta forma a representação e os usuais limites da moldura.
Evocando a tradição da pintura holandesa do século dezassete e as cenas típicas da vida da classe média, o artista realça conceitos estéticos como os de unidade e disrupção, do ser único e da réplica, da repetição e diferença, da similitude e heterogeneidade.
Katherine Sirois
Focando-se nas dinâmicas de organização composicional, Martín Silva desenvolveu uma abordagem específica que consiste na construção de imagens por meio de montagem, sequência, associação e confrontação, enquanto simultaneamente utiliza processos de decomposição, desconstrução, fragmentação ou sincopação. Assim, o artista produz imagens e instalações paradoxais em que os elementos reunidos contrastantes estão num estado de constante tensão. Em - Il futuro non è ciò che era
, o artista justapõe três modos de representação de um tema específico, o de uma figura feminina em pé. A instalação combina uma pequena escultura de cerâmica e um conjunto de 37 pequenas pinturas a óleo sobre linho. De entre essas pinturas, uma emerge das outras e dá ao espetador uma imagem completa e unificada da mulher, enquanto que ela aparece como parcialmente desmantelada através da pouco convencional montagem das restantes 36 pinturas, em que a escala de representação foi ampliada. Tal como peças de um- puzzle
fora do seu lugar próprio, algumas das pinturas que compõem a figura foram deslocadas. Enquanto que o objeto tridimensional e a pintura autónoma estão colocados num pedestal saliente na parede, a composição muito maior desenvolve-se nas duas paredes perpendiculares. Duplicando a superfície expositiva, expande-se em planos horizontais e verticais, quebrando desta forma a representação e os usuais limites da moldura.
Evocando a tradição da pintura holandesa do século dezassete e as cenas típicas da vida da classe média, o artista realça conceitos estéticos como os de unidade e disrupção, do ser único e da réplica, da repetição e diferença, da similitude e heterogeneidade.
Katherine Sirois