Obras
Origins and Futures IV [Origens e Futuros IV]
installation
![Origins and Futures IV [Origens e Futuros IV]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-3058_w840.jpg)
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Data
2004
Técnica
Escultura em prototipagem rápida, pirites e acrílico
Dimensões
30 x 244 x 122 cm
A instalação Origins and Futures IV, de 2004, reúne objetos do mundo natural em contraposição com objetos fabricados. Por um lado, estão blocos de pirite, mineral vulgarmente apelidado de "ouro dos tolos” pelo seu brilho e cor similar ao do ouro, por outro, estão pequenas esculturas de embriões, produzidos num softwareinformático e impressora 3D. Esta peça de Suzanne Anker baseia-se na hipótese sobre a origem da vida e na teoria de Cairns-Smith sobre o ARN primitivo. O ARN (ácido ribonucleico) é uma das macromoléculas essenciais para a vida a par do ADN, e, segundo tal teoria, a vida no nosso planeta teve origem através de um processo de "aquisição genética” de cristais que permitiram ao ARN aprender o processo de duplicar-se a si próprio ao assumir a estrutura cristalina de um mineral, do qual a pirite é um exemplo.
Embora embriões e minerais possam estar ligados por uma herança genética na origem de vida na Terra, a sua conexão é distante. Por outro lado, os genes e as suas sequências vão sendo patenteados por empresas, embora tais materiais nunca antes tivessem sido catalogados como propriedade intelectual, transformando a vida animal numa mercadoria a ser comercializada. A artista americana, pioneira da Bio-Arte, pretende assim revelar questões bio-éticas que emergem na manipulação de formas vivas. Poderão estas entidades moleculares ser comercializadas como instrumentos financeiros? Afinal, muita da especulação financeira assenta em investimentos sobre certos cenários futuros e até os genes humanos podem passar a ser considerados uma forma de “bio-minério” a ser explorado e, talvez, capitalizado.
DC
Embora embriões e minerais possam estar ligados por uma herança genética na origem de vida na Terra, a sua conexão é distante. Por outro lado, os genes e as suas sequências vão sendo patenteados por empresas, embora tais materiais nunca antes tivessem sido catalogados como propriedade intelectual, transformando a vida animal numa mercadoria a ser comercializada. A artista americana, pioneira da Bio-Arte, pretende assim revelar questões bio-éticas que emergem na manipulação de formas vivas. Poderão estas entidades moleculares ser comercializadas como instrumentos financeiros? Afinal, muita da especulação financeira assenta em investimentos sobre certos cenários futuros e até os genes humanos podem passar a ser considerados uma forma de “bio-minério” a ser explorado e, talvez, capitalizado.
DC