Obras

Sun [Sol]

sculpture
Sun [Sol]
Sun [Sol]
© Bruno Lopes
Data

2017

Técnica

Bronze e ferro

Dimensões

100 x 107 x 20 cm

- Plano
e- Sun
fizeram ambos parte de uma exposição individual do artista brasileiro Adriano Costa, que se realizou em Lisboa, em 2017. As instalações de espírito livre de Costa abrangem uma vasta gama de meios, técnicas e materiais. Incluem frequentemente esculturas em bronze, desenhos, pinturas, tecidos, ferro e betão, textos escritos à mão, impressos ou bordados, mas também objetos, artefactos e resíduos aleatoriamente encontrados, tais como latas metálicas, utensílios e ferramentas, borracha, plástico e lixo. Explorando o encantamento operado pela arte e o seu efeito transmutacional ao transformar todas as coisas em "ouro", o artista investiga também a relação entre o espaço e todos os objetos convertidos. A sua montagem e extensão espacial, numa configuração mais ou menos definitiva e estática, são concebidas como uma dança coreografada ou uma peça de jazz improvisada evoluindo livremente num enquadramento específico.

Tanto a escultura, que combina bronze e ferro, como a instalação montada na parede, composta por sete elementos diversificados, apresentam uma dimensão gráfica marcante que se desdobra no espaço da exposição. Enquanto - Sun
assenta diretamente no chão e enfatiza uma forma geométrica triangular, transmitindo uma certa sensação de peso e gravidade com a sua peça de bronze vertical maior que se assemelha fortemente a um bloco de madeira, - Plano
transmite uma impressão de movimento ascendente. Este último reúne linhas curvas e retas, formas circulares, retangulares e orgânicas e os seus elementos são exibidos na parede com uma certa sensação de equilíbrio e harmonia: uma peça mais grossa, mais longa na base, perto do chão, que pode evocar uma linha do horizonte, sugerindo um contexto de paisagem rural, e uma montagem aparentemente volátil e dinâmica na parte superior. A justaposição de componentes frágeis e efémeros como papel e amendoins com a solidez e estabilidade do nobre bronze e das vagens de ferro pode ecoar metaforicamente a extraordinária diversidade de matérias de que as nossas vidas e nós próprios somos feitos.



Katherine Sirois

Obras

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    Plano

    Adriano Costa