Obras
Um dia como outro qualquer (da série «Malmö»)
photography


Data
2006
Técnica
Técnica mista sobre impressão fotográfica (processo RA4)
Dimensões
126 x 126 cm
Estas quatro obras da série Malmö são exemplares de uma etapa inicial do trabalho artístico de Pedro Barateiro e remetem para o período em que o artista estudou na Suécia. A cidade altamente industrializada de Malmö, que tem vindo a reinventar-se numa problemática adaptação a uma realidade pós-industrial, parece ser o referente base deste conjunto de técnica mista sobre impressões fotográficas. Retratando o cenário um tanto típico da atribulada e perpétua construção do espaço urbano, o artista introduz uma interpretação gestual aos vestígios do tumulto dos estaleiros de obra, comentando a atual condição da sociedade ocidental.
A vista subjetiva do quotidiano, com a qual muitos se conseguirão relacionar, é trabalhada e desconstruída com elementos de pintura. Formas que cortam e desafiam a composição, algumas sistemáticas e bem delimitadas, outras errantes e denunciantes do gesto do pintor, enquadram estas vistas descontextualizadas e caóticas sem as ordenar.
Pela deliberada escolha dos títulos é clara a ligação a um discurso filosófico que acompanha a prática artística. A peça Para Derrida parece servir de dedicatória ao filósofo francês de origem argelina, um personagem central na teoria do pós-modernismo e ainda muito relevante na prática artística contemporânea. Tais teorias servem como ferramentas para a leitura do ambiente representado nas fotografias. As restantes obras da série mostram a trivialidade de tais cenários no complexo contexto sócio-político atual, visível na inevitável desconstrução materialista do estilo de vida ocidental, como bem ilustra um dos títulos Um dia como outro qualquer.
Esta série torna-se assim num relevante documento sobre o olhar apurado de Barateiro para com o meio onde circula e se insere, a partir do qual tem vindo a desenvolver inúmeros trabalhos que funcionam como agentes de reflexão e crítica de temas relevantes da atualidade.
DC
A vista subjetiva do quotidiano, com a qual muitos se conseguirão relacionar, é trabalhada e desconstruída com elementos de pintura. Formas que cortam e desafiam a composição, algumas sistemáticas e bem delimitadas, outras errantes e denunciantes do gesto do pintor, enquadram estas vistas descontextualizadas e caóticas sem as ordenar.
Pela deliberada escolha dos títulos é clara a ligação a um discurso filosófico que acompanha a prática artística. A peça Para Derrida parece servir de dedicatória ao filósofo francês de origem argelina, um personagem central na teoria do pós-modernismo e ainda muito relevante na prática artística contemporânea. Tais teorias servem como ferramentas para a leitura do ambiente representado nas fotografias. As restantes obras da série mostram a trivialidade de tais cenários no complexo contexto sócio-político atual, visível na inevitável desconstrução materialista do estilo de vida ocidental, como bem ilustra um dos títulos Um dia como outro qualquer.
Esta série torna-se assim num relevante documento sobre o olhar apurado de Barateiro para com o meio onde circula e se insere, a partir do qual tem vindo a desenvolver inúmeros trabalhos que funcionam como agentes de reflexão e crítica de temas relevantes da atualidade.
DC