Obras
Untitled (Driftwood and rope) [Sem título (Madeira flutuante e corda)]
installation
![Untitled (Driftwood and rope) [Sem título (Madeira flutuante e corda)]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-3097_w840.jpg)
![Untitled (Driftwood and rope) [Sem título (Madeira flutuante e corda)]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-3097_w840.jpg)
Data
2007
Técnica
Madeira e corda
Dimensões
altura variável x 290 x 10 cm
Na encruzilhada da escultura com a instalação, Carol Bove trabalha a partir de uma vasta gama de materiais contrastantes, incluindo vigas em L, varas metálicas e aço tubular revestido a pó, efémera e livros antigos, ou objetos e artefactos orgânicos que encontra, como conchas, penas e pedaços de madeira. A sua abordagem diversificada à escultura, que tende a concentrar-se na fisicalidade, materialidade, espacialidade, forma e peso, apresenta afinidades com o Minimalismo e o Expressionismo Abstrato e com as obras de artistas como Anthony Caro, John Chamberlain e Mark di Suvero. Uma certa fase do seu trabalho pode também ser associada à Arte Povera. Trabalhando principalmente, no seu enorme hangar-estúdio em Red Hook, Brooklyn, desde 2016, a artista americana, nascida na Suíça, desenvolveu um processo criativo específico que consiste em improvisar esculturas no ar e não no chão, utilizando gruas e aparelhos para levantar materiais pesados, pois gosta de lhes dar uma falsa aparência de leveza e fluidez.
Com esta instalação, que consiste num pedaço de madeira em forma de canoa em grande escala, suspensa acima do solo por duas cordas, Bove explora o tema "objet-trouvé", a madeira recolhida, já esculpida de forma aleatória ao longo do tempo pelas forças e dinâmicas da natureza. O tronco morto mostra as ações de modelação direta e a longo prazo da erosão do sol, vento, lua, marés e ondas, que deram à madeira esta patina desgastada e suave e a sua forma biomórfica única e perfeitamente equilibrada, que parece impregnada de algumas propriedades misteriosas. Relembra desta forma o interesse de Bove pelas tradições esotéricas relacionadas com ciclos, dinâmicas e transmutações.
As instalações de Carol Bove mostram frequentemente uma fascinante fusão de materiais concebidos e formados industrialmente com resíduos simplesmente encontrados, obsoletos e descartados. Assim, proporcionam uma meditação sobre a convergência entre a arte e a natureza, o fabrico e o acaso, a sofisticação e a simplicidade, a robustez e a plasticidade, mas também entre vulnerabilidade e teimosia.
KS
Com esta instalação, que consiste num pedaço de madeira em forma de canoa em grande escala, suspensa acima do solo por duas cordas, Bove explora o tema "objet-trouvé", a madeira recolhida, já esculpida de forma aleatória ao longo do tempo pelas forças e dinâmicas da natureza. O tronco morto mostra as ações de modelação direta e a longo prazo da erosão do sol, vento, lua, marés e ondas, que deram à madeira esta patina desgastada e suave e a sua forma biomórfica única e perfeitamente equilibrada, que parece impregnada de algumas propriedades misteriosas. Relembra desta forma o interesse de Bove pelas tradições esotéricas relacionadas com ciclos, dinâmicas e transmutações.
As instalações de Carol Bove mostram frequentemente uma fascinante fusão de materiais concebidos e formados industrialmente com resíduos simplesmente encontrados, obsoletos e descartados. Assim, proporcionam uma meditação sobre a convergência entre a arte e a natureza, o fabrico e o acaso, a sofisticação e a simplicidade, a robustez e a plasticidade, mas também entre vulnerabilidade e teimosia.
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