Obras
Utagawa Kunisada Chó Chidori 1836
installation


Data
2015
Técnica
MDF, tinta acrílica e impressão
Dimensões
Dimensões variáveis (impressão); 40 x 27,1 x 20,6 cm (elemento tridimensional)
A obra do artista alemão Tobias Rehberger (Esslingen, 1966) enquadra-se no campo conceptual da escultura. As suas obras colocam-se na intersecção entre o que é tradicionalmente considerado arte visual, design e arquitetura, desafiando desta forma a compreensão convencional da arte, a sua classificação, o tema da autenticidade e a noção romântica do artista. Além disso, tornando a transformação o tema central das suas obras, o trabalho de Rehberger questiona os moldes tradicionais da perceção e da cultura.
Utagawa Kunisada Chó Chidori 1836 reúne e entrelaça fenómenos à primeira vista culturalmente remotos. Shunga é o primeiro, uma tradição artística erótica que surgiu nos primórdios do moderno Japão e que apresenta imagens de atividade sexual. O segundo a tradição portuguesa da azulejaria, que remonta ao século XIII e, finalmente, o terceiro, os princípios da imagem digital e a sua capacidade de esconder ou, em alternativa, revelar uma determinada realidade. Ao tornar o objeto do vaso na essência da peça e ligando-o a um segmento mais vasto da sua obra artística (desde meados dos anos 90 Rehberger tem vindo a desenvolver uma série de esculturas de vasos dedicada aos seus amigos artistas), Rehberger destaca o lado utilitário do objeto ao mesmo tempo que continua a desafiar o mito da arte e os diversos clichés sobre a funcionalidade de uma obra de arte. Além disso, a imagem aparentemente pixelada que esconde uma representação Shunga reproduzida digitalmente (apenas descodificada através da lente de uma câmara) e absorve visualmente o primeiro plano da obra, - um vaso cuja forma e cor correspondem a um segmento de pixéis na imagem de fundo da escultura, tornando-o assim temporariamente invisível, - desafia ainda mais o nosso entendimento da singularidade das obras de arte na era da reprodução digital.
MC
Utagawa Kunisada Chó Chidori 1836 reúne e entrelaça fenómenos à primeira vista culturalmente remotos. Shunga é o primeiro, uma tradição artística erótica que surgiu nos primórdios do moderno Japão e que apresenta imagens de atividade sexual. O segundo a tradição portuguesa da azulejaria, que remonta ao século XIII e, finalmente, o terceiro, os princípios da imagem digital e a sua capacidade de esconder ou, em alternativa, revelar uma determinada realidade. Ao tornar o objeto do vaso na essência da peça e ligando-o a um segmento mais vasto da sua obra artística (desde meados dos anos 90 Rehberger tem vindo a desenvolver uma série de esculturas de vasos dedicada aos seus amigos artistas), Rehberger destaca o lado utilitário do objeto ao mesmo tempo que continua a desafiar o mito da arte e os diversos clichés sobre a funcionalidade de uma obra de arte. Além disso, a imagem aparentemente pixelada que esconde uma representação Shunga reproduzida digitalmente (apenas descodificada através da lente de uma câmara) e absorve visualmente o primeiro plano da obra, - um vaso cuja forma e cor correspondem a um segmento de pixéis na imagem de fundo da escultura, tornando-o assim temporariamente invisível, - desafia ainda mais o nosso entendimento da singularidade das obras de arte na era da reprodução digital.
MC