Kcho nasceu em 1970, na Ilha da Juventude, Cuba. Em 1986 inscreve-se na licenciatura de Pintura e Escultura, na Escuela Nacional de Arte, em Havana, onde atualmente vive e trabalha. Completa o curso em 1990 para logo despertar a atenção nacional e internacional. A sua prática desdobra-se em vários media, embora manifeste uma mesma recorrência: o uso do barco, enquanto motivo formal e metáfora para os movimentos de migração da população cubana. Nas esculturas de grande escala, esta poética materializa-se através da reciclagem de detritos, como garrafas e madeiras encontrados em docas, acrescida de um imaginário com ligações aos ícones tradicionais locais. Já nos desenhos e pinturas ela acontece através de ambientes siderais e cenas dramáticas, obtidas por uma figuração gestual. Depois de receber a bolsa Ludwig Foundation, 1994; o Grande Prémio da Bienal de Kwang Ju, 1995 e o Prize for the Promotion of Arts, UNESCO, 1995, Kcho apresentou inúmeras exposições. Destacam-se as individuais Todo Cambia, Contemporary Art Museum, Los Angeles, 1997; Archipiélago de mi pensamento: American Series – I Kcho, Jeu de Paume, Paris, 1998; La columna infinita, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, 2000; La jungla, Museo Nacional de Bellas Artes, Havana/GAM, Turim, 2001-02 e Strange Day at the Beach, Centro de las Artes de San Agustín, Oaxaca, 2014. As coletivas incluem Arte Nuevo de Cuba, Whitechapel Gallery, Londres; Dark Art’98, Dakar; Bienal de Veneza, 1999; The Maps of Desire, Kunsthalle Vienna, 1999, NeeHooDoo: Art for a Forgotten Faith, P.S.1, Nova Iorque, 2008; Integration and Resistance in the Global Age, 10ª Bienal de Havana, 2009. Está representado nas coleções Galerie National du Jeu de Paume, Paris; Gwangju Museum, Gwangju; National Museum of Fine Arts, Havana, MoMA, Nova Iorque; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid e Fondazione Sandretto Re Rebaudengo per l’Arte, Turim, entre outras.
SN, novembro 2021
SN, novembro 2021
