Carlos Noronha Feio

Carlos Noronha Feio (Lisboa, 1981) reside e trabalha entre Lisboa. Realizou a sua formação em Londres, concluindo a licenciatura em Fine Arts e o mestrado em Fine Art Theory and Practice, na Middlesex University, entre 2001 e 2005. Depois de um ano na CCW Graduate School (UAL, 2010-2011), doutorou-se ainda no Royal College of Art, em 2017. Recorrendo a diversos meios, como o vídeo, a instalação, a performance, o desenho, a pintura e a fotografia, a sua obra revela uma preocupação constante com questões de identidade, nomeadamente, com a percepção da mesma perante os respectivos contextos culturais, locais e globais. Reflete ainda sobre a herança dos processos de descolonização e as questões de representação que estes envolvem, assim como as formas existentes de neocolonialismo, criticando, neste sentido, o papel do próprio sistema cultural. Com uma atividade expositiva regular, a nível nacional e internacional, assinalam-se as seguintes exposições individuais: To reach point zero/tentando alcançar o ponto zero, Galeria Nuno Centeno (Porto, 2009), Matter of Trust, Nottingham Contemporary (Londres, 2014) e Oikonomia: A Matter of Trust, Echos on the wall, Museu Nacional de Arte Contemporânea (Lisboa, 2015). Participou também em importantes coletivas, como a 29ª Bienal de São Paulo, em 2011, e Accumulation, Displacement, Deletion, Rearrangement, and Insistence, Narrative Projects, em 2013. Dos trabalhos mais recentes, destacam-se os apresentados na exposição (sunsight!)/(sunclipse!), na Galeria 3+1 Arte Contemporânea, em Lisboa, na qual não só revisita os tapetes de Arraiolos, elementos já significativos em pesquisas anteriores, mas também mostra uma nova vertente da sua obra, caracterizada por textos e frases em aço inoxidável. A sua obra encontra-se representada em importantes coleções públicas e privadas, nacionais e internacionais, tais como o Museu Nacional de Arte Contemporânea (Lisboa), Saatchi Collection (Londres), MAR – Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro), Navikula Artis (São Petersburgo) e Imago Mundi – Benetton Foundation (Itália). 
 
FMV, outubro 2020