Daniel Buren, um dos nomes referenciais da arte conceptual e da crítica institucional, nasceu em Boulogne-Billancourt, Paris, em 1938, onde vive e trabalha. Licenciou-se na École Nationale Supérieure des Métiers d'Art, em Paris, em 1960.
Faz as primeiras pinturas com bandas verticais de 8,7 cm de largura, em 1965, pouco antes de fundar o grupo “BMPT”, com Olivier Mosset, Michel Parmentier e Niele Toroni. A redução da pintura a uma forma visual simples e abstrata – bandas verticais – sujeita a pequenas variações formais de cor ou suporte (bandeiras, posters, telas, colunas) e pensadas em função do sítio de apresentação (o museu, a rua, a paisagem), tem permitido a Buren interrogar os limites e subversões da pintura, atendendo aos parâmetros de perceção, bem como à natureza física, social e ideológica dos enquadramentos espaciais. Os trabalhos recentes denotam, também, um interesse acrescido pelas relações da pintura com a arquitetura, envolvendo o uso da luz e espelhos.
Expõe regularmente desde 1965 e dntre as principais exposições individuais deste século constam as do Centre Pompidou, Paris, France (2002); Guggenheim Museum, Nova Iorque (2005); Musée d'Art Moderne et Contemporain, Strasbourg (2014); Baltic Centre for Contemporary Art, Gateshead (2014); Museo - Espacio, Aguascalientes (2016); BOZAR Palais des Beaux-Arts, Bruxelas (2016); Centre Pompidou Málaga; Kunsthalle Dusseldorf (2017); Kunstsammlungen Chemnitz; Kunstsammlungen Chemnitz; Carriageworks, Redfern (2018); Museo de Arte Italiano, Lima (2019). Participou na Documenta de Kassel em 1972, 1977 e 1982 e mais de dez vezes na Bienal de Veneza, tendo ganho o Leão de Ouro pelo Pavilhão Francês em 1986. Em 2007, recebeu o Praemium Imperiale, pelo Imperador do Japão. Diversas intervenções de arte pública marcam o seu currículo. Está representado nas coleções do Art Institute of Chicago; Centre Pompidou, Paris; Museum Moderner Kunst Stiftung Ludwig Wien; Museum of Modern Art, Nova Iorque; National Museum of Modern Art, Tóquio; National Gallery of Modern Art, Roma; Tate Modern, Londres, entre muitas outras.
Sofia Nunes