João Rodrigues Vieira, nasceu em 1934 em Vidago, Trás-os-Montes, e faleceu em Setembro de 2009 em Lisboa. Ingressou no curso de Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1951, no entanto, como consequência da sua insatisfação com o academismo e conservadorismo do ensino artístico da época, permaneceu apenas dois anos. O seu percurso ficou marcado pela sua ligação ao Grupo do Café Gelo, situado sob o estúdio que partilhava com os artistas José Escada, René Bertholo e Gonçalo Duarte, e onde tradicionalmente decorriam tertúlias surrealistas. Em 1957, parte para Paris, onde foi aluno de Henri Goetz na Académie de le Grande Chaumière e, já como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, trabalhou com o pintor Arpad Szenes. Fez ainda parte do emblemático grupo KWY com outros importantes artistas portugueses. Depois de uma breve passagem por Londres, onde em finais de 1964 lecionou no Maidstone College of Art, no ano de 1967, regressa a Portugal e dedica-se quase exclusivamente ao trabalho como cenógrafo e encenador, tendo ganho vários prémios. Participou em inúmeras exposições individuais e coletivas durante toda a sua carreira, como é exemplo a exposição “I Exposição dos Artistas de Hoje”, em 1957, a sua primeira individual em 1959, em Lisboa, na Galeria do Diário de Notícias ou Alternativa Zero, Lisboa, 1977, a Bienal de Veneza, Veneza, Itália, 1980, onde representou Portugal, e Grupo KWY, Grupo Cultural de Belém, Lisboa, 2001. Realizou ainda obra pública no metropolitano de Lisboa, na estação Terreiro do Paço e em Budapeste na estação central Deák Ter. João Vieira está representado em diversos museus públicos e privados tal como fundações, como é exemplo o Museu Nacional de Arte Contemporânea ou na Coleção Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
JFB, julho 2022
JFB, julho 2022
