Ana Vieira (1940- 2016), natural de Coimbra, viveu até aos dezanove anos na ilha de São Miguel, nos Açores, período determinante no desenvolvimento da sua obra artística. Mudou-se para Lisboa para frequentar Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1959-1966), onde viveu e trabalhou até à sua morte. É aqui que conhece o pai dos seus filhos, Eduardo Nery (1938-2013), com quem viveu durante cerca de 20 anos. Foi professora do ensino preparatório, profissão que exerceu toda a sua vida, sem nunca ter conseguido viver exclusivamente da sua arte. Isto deu-lhe liberdade criativa, a artista realizava o trabalho que queria e entendia, sem comprometer a sua criatividade.
Em 1965, Vieira expõe pela primeira vez na coletiva Exposição Estímulo, na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, com as suas colagens. E em 1968 tem a sua primeira exposição individual na Galeria Quadrante, Lisboa. Aqui mostra um conjunto de silhuetas vazadas, figuras humanas recortadas em painéis de madeira pintados de branco, que lembram as sombras de Lourdes Castro.
Ainda que não tenha feito parte do grande fluxo migratório dos anos 60/70, sustentado pelas bolsas da Fundação, a artista teve oportunidade de fazer curtas viagens a Paris em que aproveitava para ir ao cinema, museus e teatro. Fez parte do Movimento Democrático de Artistas Plásticos (1974); frequentou o curso de cinema de Ana Hatherly, no Ar.Co. (1975/1976); fez cenários e figurinos para algumas peças de teatro no final da década de 70; participou na Alternativa Zero (1977); frequentou o curso Studio & Forum of Stage Design(1978), Nova Iorque; e recebeu os seguintes prémios: 1ª Bienal dos Açores e do Atlântico (1985); concurso Dyrup/Cidade de Lisboa (1ª fase) (1986/87); e AICA (1991).
Teve três exposições antológicas: Ana Vieira (1998/99), Fundação de Serralves, Porto; Muros de Abrigo(2011), Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; e Ana Vieira: Uma antologia(2017/18), Centro de Arte Contempora^nea Grac¸a Morais, Braganc¸a. A artista fez parte postumamente de algumas exposições coletivas internacionais, destacam-se: Women House (2017/18), Monnaie de Paris e Ana Vieira. The home and the escape (2020), Es Baluard Museu d’Art Contemporani de Palma. A sua obra está representada em coleções privadas e públicas como: Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação de Serralves, Coleção Berardo, Fundação Altice Portugal e Musée de Design et d'Arts Appliqués Contemporains de Lausanne.
SG, maio 2021
Em 1965, Vieira expõe pela primeira vez na coletiva Exposição Estímulo, na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, com as suas colagens. E em 1968 tem a sua primeira exposição individual na Galeria Quadrante, Lisboa. Aqui mostra um conjunto de silhuetas vazadas, figuras humanas recortadas em painéis de madeira pintados de branco, que lembram as sombras de Lourdes Castro.
Ainda que não tenha feito parte do grande fluxo migratório dos anos 60/70, sustentado pelas bolsas da Fundação, a artista teve oportunidade de fazer curtas viagens a Paris em que aproveitava para ir ao cinema, museus e teatro. Fez parte do Movimento Democrático de Artistas Plásticos (1974); frequentou o curso de cinema de Ana Hatherly, no Ar.Co. (1975/1976); fez cenários e figurinos para algumas peças de teatro no final da década de 70; participou na Alternativa Zero (1977); frequentou o curso Studio & Forum of Stage Design(1978), Nova Iorque; e recebeu os seguintes prémios: 1ª Bienal dos Açores e do Atlântico (1985); concurso Dyrup/Cidade de Lisboa (1ª fase) (1986/87); e AICA (1991).
Teve três exposições antológicas: Ana Vieira (1998/99), Fundação de Serralves, Porto; Muros de Abrigo(2011), Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; e Ana Vieira: Uma antologia(2017/18), Centro de Arte Contempora^nea Grac¸a Morais, Braganc¸a. A artista fez parte postumamente de algumas exposições coletivas internacionais, destacam-se: Women House (2017/18), Monnaie de Paris e Ana Vieira. The home and the escape (2020), Es Baluard Museu d’Art Contemporani de Palma. A sua obra está representada em coleções privadas e públicas como: Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação de Serralves, Coleção Berardo, Fundação Altice Portugal e Musée de Design et d'Arts Appliqués Contemporains de Lausanne.
SG, maio 2021
