Artistas

Jorge Vieira

1922LisboaPortugal
Jorge Vieira (Lisboa, 1922 - Estremoz, 1998) formou-se em Escultura na Escola de Belas Artes de Lisboa, em 1953, complementando a sua aprendizagem nos ateliers dos escultores António Duarte, Francisco Franco e António da Rocha, e do arquiteto Frederico Jorge, com quem colabora durante mais tempo. À semelhança de vários artistas, Vieira viajou para Londres e Paris, em 1948, e por Itália, em 1950, onde contactou com a obra de Picasso, Ernst, Brauner, entre outros. Estas viagens foram fulcrais para o desenvolvimento da sua obra e para a consolidação de uma linguagem própria, a qual, nesta fase, se aproximaria do universo surrealista. Em 1949, realiza a sua primeira exposição individual na Sociedade Nacional de Belas Artes. Quatro anos depois, é um dos concorrentes no concurso internacional de escultura do Institut of Contemporary Arts, em Londres, apresentando um projeto para o monumento O Prisioneiro Político desconhecido. Este trabalho seria escolhido e um dos premiados a ser exposto na Tate Gallery. Contudo, dado o seu caráter de oposição ao Estado Novo, só seria construída em 1994, em Beja. Em 1954, frequenta a Slade School, em Londres. Ao longo das décadas seguintes, é autor de diversas intervenções públicas, tais como o conjunto de baixos-relevos para o Bloco das Águas Livres (1956) e o Monumento ao mineiro (1986-1988), em Aljustrel. Em 1958, destaca-se na Feira Internacional de Bruxelas como o único escultor português a participar na exposição 50 ans d’art modern, obtendo, dois anos mais tarde, o primeiro prémio na Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1976, começa a trabalhar como Assistente na Escola de Belas Artes do Porto, passando para a de Lisboa, em 1981, onde, onze anos mais tarde, se tornaria professor jubilado de Escultura. Passa grande parte dos seus últimos anos no Alentejo, onde compra uma casa em 1982. A relação que estabelece com esta região conduziria à criação, em 1995, da Casa das Artes Jorge Vieira, em Beja - museu que acolhe grande parte da sua obra. No mesmo ano, é inaugurada uma exposição retrospectiva da sua obra no Museu do Chiado, destacando ainda projetos, como a escultura Homem-Sol (1998), encomendada para a Expo’98. Tem diversa obra pública a nível nacional e encontra-se representado em coleções institucionais e particulares.
 
FMV, outubro 2020

Obras

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