Artistas

Joaquim Martins Correia

1910GolegãPortugal
1999LisboaPortugal
Após a morte dos pais, Joaquim Martins Correia (Golegã, 1910 – Lisboa, 1999) ingressa na Casa Pia. Em 1928, com uma bolsa desta instituição, inscreve-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), licenciando-se em Escultura. Posteriormente, desenvolve uma extensa atividade pedagógica: entre 1936 e 1942, lecionou nas Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, Marquês de Pombal, Machado de Castro, Afonso Domingues e António Arroio. Foi ainda professor na Casa Pia (1946-1958) e assistente na ESBAL. Entre 1936 e 1942, participou nos salões do Secretariado de Propaganda Nacional e, em 1940, na Exposição da Missão Estética de Viana do Castelo – na qual é premiado – e na Exposição do Mundo Português. Integra diversos Salões da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) e as e II Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1957 e 1961). Recebeu os prémios Mestre Soares dos Reis (1942), Mestre Manuel Pereira (1943 e 1947), do Salão de Lisboa de 1947, Mestre Luciano Freire – aquando da sua exposição individual na Galeria do Diário de Notícias, em 1957 – , entre outros. Em 1951, publica Poemas do Escultor Martins Correia. Apesar de se ter destacado no âmbito da escultura – na qual desenvolve soluções policromadas inovadoras – explora diversos suportes e formas. Temas frequentes na sua obra incluem a mulher, o cavalo, o touro e cenas campestres, afirmando a ligação a Portugal e, em particular, à sua terra natal. Em 1957, foi agraciado com a Ordem de Instrução Pública, e, em 1990, com a Ordem de Santiago de Espada. Em 1963, foi premiado pelos Monumentos ao Padre Manuel da Nóbrega (São Paulo, Brasil) e à Mulher Portuguesa do Ultramar. Em 1994, foi responsável por uma intervenção na Estação de Picoas do Metropolitano de Lisboa; e em 1998, concebeu um painel azulejar para a Expo’98. Realizou ainda decorações para o Café Império, para a escadaria da sala de receções do Hotel Ritz e para o Palácio da Justiça da Golegã, entre muitas outras. Em 1973, a SNBA organiza uma exposição retrospetiva da sua obra e, em 2000, o Centro Cultural Casapiano apresenta a Exposição do Escultor Martins Correia. Em 1982, o artista ofereceu todo o seu acervo artístico à Golegã, que criou o Museu Martins Correia. 
 
FMV, outubro 2020

Obras

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    Joaquim Martins Correia