Artistas

José de Guimarães

1939GuimarãesPortugal
José Maria Fernandes Marques (Guimarães, 1938), ou José de Guimarães, pseudónimo que adota em homenagem à sua cidade natal, ingressou na Academia Militar e no curso de Engenharia da Universidade Técnica de Lisboa, em 1957. Inicia a sua formação artística no ano seguinte, assistindo a aulas de pintura com Teresa Sousa e Gil Teixeira Lopes, e estudando gravura na Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses. Entre 1961 e 1966, conclui a licenciatura e viaja pela Europa, onde tem a oportunidade de estudar a arte dos antigos mestres, como Rubens e Miguel Ângelo. Em 1967, parte para Angola para trabalhar como engenheiro militar. Fascinado com a cultura africana, passaria os próximos anos a estudá-la e a colecioná-la, explorando na sua criação artística fusões entre as artes europeia e africana. Deste trabalho de síntese, resultam obras originais - nas quais recorre a colagens, números, slogans e letras - e um universo fantasioso com figuras híbridas, imaginário que constrói a partir de referentes do mundo ocidental e de tribos africanas. Em 1968, recebe o primeiro Prémio do Salão de Arte Moderna de Luanda e o primeiro Prémio da Universidade de Luanda. Regressa a Lisboa após o 25 de Abril de 1974, onde retoma uma atividade expositiva regular, destacando-se as exposições: Rubens e José de Guimarães (Fundação Calouste Gulbenkian, 1978); Exposição Nacional de Gravura (FCG, 1977), na qual recebe o primeiro prémio; e a exposição retrospectiva no Museu Sarmento (Guimarães, 1979). A década de 80, próspera a nível do reconhecimento internacional, é iniciada com exposições em várias cidades do Brasil e com a participação na XVI Bienal de São Paulo, em 1981, realizando ainda exposições individuais em cidades como Bruxelas, Zurique, Paris, Madrid, Tóquio e Chicago. Nesta fase, o artista começa a explorar o universo da escultura, produzindo obras em materiais pouco tradicionais, tais como o papel, que ele próprio produzia, e a fibra de vidro. Realiza também viagens ao Japão e ao México, as quais, à semelhança da estadia no Brasil, foram importantes para a sua carreira e para o aumento de referências na sua obra. Ao longo da sua carreira, recebeu inúmeros prémios a nível nacional e internacional, como o Prémio da Fundação Calouste Gulbenkian em 1984, Primeiro Prémio na Bienal de Barcelona em 1986, Prémio AICA, 1992. Foi alvo de exposição retrospetiva de 40 anos de percurso, em 2001, na Cordoaria Nacional em Lisboa. A sua obra encontra-se representada em importantes coleções nacionais e internacionais.
 
FMV, outubro 2020

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