Artistas

Mário Eloy

1900AlgésPortugal
1951LisboaPortugal
Mário Eloy (Lisboa, 1900 – Lisboa, 1951), após frequentar a Escola de Belas Artes de Lisboa (1913-1915), da qual desiste por não se identificar com o ensino, parte para Madrid, em 1919, escapando ao emprego bancário que a família lhe desejava. Esta viagem assinala o início de um percurso, essencialmente autodidata, marcado pela procura da sua linguagem artística. Quando regressa, apresenta a sua obra pela primeira vez, no Salão da Ilustração Portuguesa, em 1924, e, no ano seguinte, na exposição de Modernistas organizada por Eduardo Viana – o Salão de Outono. As pintura expostas refletem não só o contacto com o modernismo de Viana, mas também com o naturalismo de Columbano e, acima de tudo, uma consciência social, que não anula, no entanto, uma manifestação própria. Parte para Paris no mesmo ano, onde expande o seu universo de referências, que passam agora a englobar pesquisas cubistas, e outras que encontra na obra de Picasso, Matisse e Braque, que assimila ao seu modo. Ainda em 1927, deixa Paris rumo a Berlim, onde absorve as tendências expressionistas, e tem o privilégio de ser o único estrangeiro escolhido para a Sociedade de Artistas Plásticos. Colabora ainda com revistas alemãs, como Der Querschnitt. Mesmo à distância, continua presente no meio cultural português, enviando obras que seriam apresentadas em 1928, no Sindicato dos Profissionais de Imprensa e, em 1930, no I Salão dos Independentes. Em 1932, já de regresso a Portugal, recebe o Prémio Amadeo Souza-Cardoso. Na primeira metade da década de 30, explora novas técnicas, cores e formas na sua obra, a qual é habitada por bailarinas russas, bailes populares e outras cenas do quotidiano lisboeta. Contudo, no final da década, começa a sentir os sinais da doença de Huntington, e sua obra entra num campo sombrio, de desconexão da realidade, que reflete não só a incerteza na mente do artista, mas também a do mundo à sua volta. O desenrolar da doença conduziu ao seu internamento, em 1945, na Casa de Saúde do Telhal.  Em 1996, o MNAC realizou a exposição Mário Eloy: Exposição Retrospetiva, com respetiva edição monográfica. A sua obra encontra-se representada em prestigiadas coleções públicas - o Museu do Chiado, a Fundação Casa de Serralves, o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian – e privadas. 
 
FMV, outubro 2020

Obras

(2)

A carregar

  • Frau mit den roten fischen [Mulher com peixe vermelho]
    Frau mit den roten fischen [Mulher com peixe vermelho]

    Mário Eloy

  • Sem título  (Homem Sentado com Máscara)
    Sem título  (Homem Sentado com Máscara)

    Mário Eloy