Artistas
Paulo Brighenti
Paulo Brighenti (Lisboa, 1968), concluiu o curso avançado de Artes Plásticas do Ar.Co., em 1996. Começou a expor na década de 1990, tendo apresentado, na exposição de bolseiros e finalistas do Ar.Co., em 1995, um vídeo, uma instalação e vários desenhos, evidenciando a sua opção pela utilização de tons escuros - sobretudo negros, cinzentos e castanhos – que viria a ser uma característica frequente nas obras futuras. Neste contexto, destacam-se as pinturas que apresenta individualmente em 1998, na Galeria Pedro Cera, que se distinguem das que figuram na exposição 7 Artistas ao 10º Mês, na qual apresenta desenhos aguarelados com detalhes de mãos, em tons de azul. Tematicamente, o campo predileto da sua produção é a paisagem, a qual tem vindo a explorar através de diferentes meios, tais como a tinta da China, o carvão, a aguarela e o óleo, recorrendo por vezes, como inspiração, a fotografias ou imagens fílmicas. No resultado final deste processo, encontram-se imagens abstratas, que condensam e cristalizam fenómenos efémeros. Dentro de um percurso sólido, reconhecido nacionalmente e internacionalmente, destaca-se a apresentação da sua obra em instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Carmona e Costa, o MAAT, o Nassjö Konstall (Suécia), e ainda outros espaços expositivos em Paris, Nova Iorque, Luxemburgo, Porto e Lisboa. Exposições importantes, tanto individuais como colectivas, dos últimos anos, são: Pó (Rooster Gallery, Nova Iorque, 2014), Projecto Pó (Fundação Carmona e Costa, Lisboa, 2014), Skinne (Nassjö Konstall, Suécia, 2015), O que sou (MAAT, Lisboa, 2017), Père (Centro Cultural Português, Luxemburgo, 2017), O velho Sol(Casa da Cerca, Almada, 2018), Cascata (Galeria Belo Galsterer, Lisboa, 2019) e Uma estátua roída pelo mar(Galeria Pedro Oliveira, Porto, 2019). Em 1997 recebeu o Prémio Amadeo Sousa Cardoso e, em 2002, o Prémio Revelação da Fudação Arpad Szenes - Vieira da Silva. A sua obra encontra-se representada em diversas coleções, como a do Banco de Espanha (Madrid), Centro Galego de arte Contemporaneo (Santiago de Compostela), a da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva (Lisboa), a da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), a do Museu Nacional de Arte Contemporânea (Lisboa), a da Sovereign Art Foundation (Londres) e a Coleção PLMJ (Lisboa).
FMV, outubro 2020
FMV, outubro 2020