Robert Barry nasceu em 1936, no Bronx, Nova Iorque. Estudou no Hunter College, Nova Iorque, onde foi aluno de William Baziotes e Robert Motherwell e onde mais tarde veio a lecionar (1963-1979). Vive e trabalha em Teaneck, New Jersey. A sua prática, iniciada em 1964, parte de preceitos minimalistas, para em 1968 rejeitar a materialidade física da arte a favor de uma materialidade concretamente existente, embora impercetível ao olho humano. É a dimensão conceptual da obra que lhe interessa valorar, agora que passa a usar matérias invisíveis (ondas radiofónicas, som ultrassónico, campos eletromagnéticos e gases inertes) nas suas relações contextuais, contingentes e perceptivas, recorrendo ao som, filme, fotografia e texto para fixá-las. Todavia, é a palavra escrita, liberta da sintaxe e explorada nas dimensões gráficas, pictóricas, objetuais e arquitectónicas, que irá caracterizar a produção ulterior, assente nas célebres word-list installations. Realiza inúmeras exposições individuais, incluindo as da Westerly Gallery, Nova Iorque, 1964; Seth Siegelaub, Los Angeles, 1966; Leo Castelli Gallery, Nova Iorque, 1971; Tate Gallery, Londres, 1972; Stedelijk Museum, Amesterdão, 1974; P.S.1, Long Island City, NY, 1976; Museum of Conceptual Art, São Francisco, 1978; The Renaissance Society, Chicago, 1986; Le Consortium, Dijon, 1991; Lenbachhaus, Munique, 2001; Musée d’Orsay, Paris, 2005 e Montclair Art Museum, New Jersey, 2013. Participa em diversas coletivas emblemáticas, como Systemic Painting, Solomon R. Guggenheim Museum, Nova Iorque, 1966; Prospect '69, Kunsthalle Düsseldorf, 1969; Live in Your Head: When Attitudes Become Form, Kunsthalle Bern; Museum Haus Lange, Krefeld e ICA, Londres, 1969; Information, MoMA; Nova Iorque, 1970; Bienal de Paris, 1971; Bienal de Veneza, 1972, 1980 e Documenta, Kassel, 1972, 1977, 1982. A sua obra está representada nas coleções do Centre Pompidou, Paris; Guggenheim Museum, Nova Iorque; Kunstmuseum Basel; Basileia; Musée d’Orsay, Paris; Museum of Contemporary Art, Los Angeles; MoMA, Nova Iorque; Stedelijk Museum, Amesterdão, entre outras.
SN, novembro 2020