Obras

Because there is nothing new under the sun [Porque não há nada de novo debaixo do sol]

painting
Because there is nothing new under the sun [Porque não há nada de novo debaixo do sol]
Because there is nothing new under the sun [Porque não há nada de novo debaixo do sol]
© MACAM
Data

1978

Técnica

Acrílico sobre tela

Dimensões

207,5 x 407,5 cm

Vítor Pomar é um artista multidirecional, cuja produção na área da fotografia, do cinema experimental e em vídeo revela uma atitude de inovador alargamento dos campos artísticos tradicionais. Contudo, a pintura sempre foi o centro das suas operações artísticas, meio privilegiado para a definição de uma poética pessoal que combina experimentalismo e espiritualidade.
Esta obra faz parte de uma série produzida entre 1975 e 1983. A composição é marcada pelo gestualismo, pelos sinais de uma ação que se manifesta nas manchas de tinta que, ora compactas e sobrepostas, ora distendidas em sucessivos e ilusórios planos, conferem à pintura uma forte carga expressiva. A presença do movimento é reforçada pela anulação do cromatismo, em contrastantes e dinâmicas variações tímbricas de negros, brancos e cinzas. Exuberante na escala e no impacto que causa no observador, remete, contudo, para uma ideia de despojamento (da cor, da forma), que pode ser relacionado com a tentativa de libertação da psique no processo de procura da união entre o mundo material e o espiritual.
A par da sua produção plástica, Vítor Pomar tem desenvolvido uma produção teórica em torno das relações entre o ato criativo, a experiência estética e a condição humana. A propósito do ciclo de pinturas em que se insere esta obra, redigiu em 1980 uma Receita para fazer uma pintura a preto e branco, de que se transcreve um excerto: «Andar à volta da folha pousada no chão: é branca e ignora alto e baixo. Ao descobrir um ponto fraco (ou acolhedor?): usar um pincel carregado de tinta (preta); o ataque (ou carícia) ficará marcado, visível. Baralhar as pistas. Trocar as voltas ao acaso. Destruir tudo. Escutar a luz. Quando tudo está partido tudo se segura: insuportável gratificação. Voltar as costas. Opressivo, o regresso da sedução.»
JB

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    Vitor Pomar