Obras
Eyes I dare not meet in dreams (II) [Olhos que não ouso encontrar em sonhos (II)]
photography
![Eyes I dare not meet in dreams (II) [Olhos que não ouso encontrar em sonhos (II)]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-4026_w840.jpg)
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Data
2004
Técnica
Impressão cibachrome
Dimensões
20 x 20 cm (2x)
O título deste conjunto de dípticos de Alexandre Conefrey (Olhos que não ouso encontrar em sonhos) remete para um poema de T.S. Eliot (The Hollow Men, Os Homens Ocos). Tal como acontece com muitas outras obras de Conefrey, o título reveste-se de uma importância central pois, apesar de não oferecer uma descrição literal, é um elemento fundamental na interpretação, leitura e (re)construção da obra por parte do observador. Utilizando aqui, assim como noutras obras de 2004, o processo fotográfico designado como cibachrome (reprodução de slides em papel fotográfico), que permite a produção de um efeito figurativo desfocado.
Nestas imagens somos confrontados com retratos-busto em que o artista coloca lado a lado, no primeiro conjunto, a imagem de um rapaz e a de um homem, ambos com traje formal composto por casaco, camisa e gravata. Um díptico que pode sugerir diferentes momentos passados da vida de uma mesma pessoa, ou talvez sejam pessoas diferentes que possam ter tido alguma ligação familiar ou histórica. Já o segundo conjunto também composto por duas imagens, revela uma criança em posição frontal e outra figura de perfil mais indefinida. Tendo presente o poema de T.S. Elliot somos sugestionados a pensar em personagens semifantasmagóricas do “reino de sonho da morte”. As imagens estão lado a lado numa permanência estática, impossível de vincular ou designar a não ser através do papel ativo do observador, narrador ou (re)construtor de narrativas, que tanto as pode ver de fora como rever-se nelas.
Ana Fabíola Maurício
Nestas imagens somos confrontados com retratos-busto em que o artista coloca lado a lado, no primeiro conjunto, a imagem de um rapaz e a de um homem, ambos com traje formal composto por casaco, camisa e gravata. Um díptico que pode sugerir diferentes momentos passados da vida de uma mesma pessoa, ou talvez sejam pessoas diferentes que possam ter tido alguma ligação familiar ou histórica. Já o segundo conjunto também composto por duas imagens, revela uma criança em posição frontal e outra figura de perfil mais indefinida. Tendo presente o poema de T.S. Elliot somos sugestionados a pensar em personagens semifantasmagóricas do “reino de sonho da morte”. As imagens estão lado a lado numa permanência estática, impossível de vincular ou designar a não ser através do papel ativo do observador, narrador ou (re)construtor de narrativas, que tanto as pode ver de fora como rever-se nelas.
Ana Fabíola Maurício