Obras
Hide and seek (I) [Escondidas (I)]
photography
![Hide and seek (I) [Escondidas (I)]](https://cms.macam.pt/storage/uploads/thumbs/inarte-work-4027_w840.jpg)
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Data
2004
Técnica
Impressão cibachrome
Dimensões
20 x 20 cm (3x)
No conjunto de trípticos - ‘Hide and Seek',
Alexandre Conefrey recorre a um processo fotográfico designado como cibachrome (reprodução de slides em papel fotográfico) para criar uma série de imagens completamente desfocadas ao ponto de distorção, aparentemente caóticas e repetitivas, surgindo como novas formas de representação figurativa na obra do artista. Apesar do evidente trabalho de - zoom
, em cada imagem, simultaneamente estática e fugidia, existem manchas e linhas estruturais de fundo que permitem uma certa percetividade e um nível de reconhecimento da imagem, ainda que inseguro e esquivo. Tal como no restante corpo de trabalho de Conefrey, o título desta série é um componente ativo da construção da obra. A referência ao poema de Vernon Scannell, que partilha o mesmo título, remete para o jogo infantil das “escondidas”, uma escolha que enquadra e reflete bem tanto o que se vê (e não vê) nas imagens, como a relação que o observador estabelece com estas: a certeza e a incerteza da presença/ do reconhecimento, o movimento pendular entre o conhecido e o desconhecido, entre o que se consegue identificar e aquilo que apenas se adivinha, entre o real e a ficção. Estas ações e estes movimentos encontram-se, no entanto, paralisados no tempo, ganhando vida apenas na leitura sucessiva, circular ou pendular, de cada uma das imagens dos trípticos. O trabalho de sombra e de luz, e das gradações de coloração respetivas, levado a cabo por Conefrey espelha as ações de esconder, procurar e encontrar, patentes no título, movimentos inevitáveis e inescapáveis ao longo de diversos momentos da vida, que revestem as imagens de um caracter de memória poética e existencial.
Ana Fabíola Maurício
Alexandre Conefrey recorre a um processo fotográfico designado como cibachrome (reprodução de slides em papel fotográfico) para criar uma série de imagens completamente desfocadas ao ponto de distorção, aparentemente caóticas e repetitivas, surgindo como novas formas de representação figurativa na obra do artista. Apesar do evidente trabalho de - zoom
, em cada imagem, simultaneamente estática e fugidia, existem manchas e linhas estruturais de fundo que permitem uma certa percetividade e um nível de reconhecimento da imagem, ainda que inseguro e esquivo. Tal como no restante corpo de trabalho de Conefrey, o título desta série é um componente ativo da construção da obra. A referência ao poema de Vernon Scannell, que partilha o mesmo título, remete para o jogo infantil das “escondidas”, uma escolha que enquadra e reflete bem tanto o que se vê (e não vê) nas imagens, como a relação que o observador estabelece com estas: a certeza e a incerteza da presença/ do reconhecimento, o movimento pendular entre o conhecido e o desconhecido, entre o que se consegue identificar e aquilo que apenas se adivinha, entre o real e a ficção. Estas ações e estes movimentos encontram-se, no entanto, paralisados no tempo, ganhando vida apenas na leitura sucessiva, circular ou pendular, de cada uma das imagens dos trípticos. O trabalho de sombra e de luz, e das gradações de coloração respetivas, levado a cabo por Conefrey espelha as ações de esconder, procurar e encontrar, patentes no título, movimentos inevitáveis e inescapáveis ao longo de diversos momentos da vida, que revestem as imagens de um caracter de memória poética e existencial.
Ana Fabíola Maurício