João Louro nasceu em Lisboa em 1963, cidade onde vive e trabalha. Estudou Arquitetura na Universidade de Lisboa e Pintura no Ar.Co – Centro de Artes e Comunicação Visual. Lecionou a cadeira de Fotografia como Media, na Aula do Risco.
Expressamente devedor do legado artístico que o século XX compõe, João Louro tem vindo a trabalhar no esteio do interesse que manifesta pela arte minimal e conceptual, mantendo referências às primeiras vanguardas históricas. Recorrendo a diversas formalizações, como pintura, escultura, fotografia, vídeo ou instalação, a obra de Louro engloba frequentemente texto. A relação entre a linguagem visual e escrita, aumenta a sua constelação de referências que se estende à literatura e filosofia, evocando autores como Walter Benjamin, Guy Debord, Georges Bataille ou Blanchot. Neste âmbito, o signo escrito ganha um lugar central que se sobrepõe à figuração. Sem apagar a noção de imagem, conferida por exemplo através da fonte escolhida, Louro trabalha a ideia de substituição, de que é exemplo a série Dead End, onde objetos semelhantes a placas de sinalização rodoviária exibem nomes de escritores e conceitos, em vez das habituais informações sobre cidades e localidades. A inter-relação entre os dispositivos de apresentação e o significado do texto, fica patente em obras como Inferno (Paris, London, New York, Milano), 2001, onde é usado um sistema de luzes néon, comum à publicidade de rua. Destaque ainda para a série Blind Image, composta por pinturas de planos monocromáticos legendados, onde a ação do espectador é ativada através do seu próprio reflexo na obra.
Cronologicamente, destaca-se a participação na I Manifesta de Roterdão em 1996 e na 51.ª Bienal de Veneza em 2005. Das numerosas exposições individuais que tem vindo a apresentar desde os anos 90, elege-se: Runaway Car Crashed #2, Museu de Serralves, 2000; La pensée et l’erreur, Fundação Joan Miró, Barcelona, 2001; East International, Norwich, 2002; Blind Runner, CCB, 2004; Smuggling, Museu de Arte Contemporânea de Elvas, 2015; Linguistic Ground Zero, MAAT, 2018. João Louro representou Portugal na Bienal de Veneza de 2015, com a exposição I Will Be Your Mirror | Poems and Problems. A sua obra encontra-se integrada em coleções nacionais e internacionais.
RS, setembro 2020
Expressamente devedor do legado artístico que o século XX compõe, João Louro tem vindo a trabalhar no esteio do interesse que manifesta pela arte minimal e conceptual, mantendo referências às primeiras vanguardas históricas. Recorrendo a diversas formalizações, como pintura, escultura, fotografia, vídeo ou instalação, a obra de Louro engloba frequentemente texto. A relação entre a linguagem visual e escrita, aumenta a sua constelação de referências que se estende à literatura e filosofia, evocando autores como Walter Benjamin, Guy Debord, Georges Bataille ou Blanchot. Neste âmbito, o signo escrito ganha um lugar central que se sobrepõe à figuração. Sem apagar a noção de imagem, conferida por exemplo através da fonte escolhida, Louro trabalha a ideia de substituição, de que é exemplo a série Dead End, onde objetos semelhantes a placas de sinalização rodoviária exibem nomes de escritores e conceitos, em vez das habituais informações sobre cidades e localidades. A inter-relação entre os dispositivos de apresentação e o significado do texto, fica patente em obras como Inferno (Paris, London, New York, Milano), 2001, onde é usado um sistema de luzes néon, comum à publicidade de rua. Destaque ainda para a série Blind Image, composta por pinturas de planos monocromáticos legendados, onde a ação do espectador é ativada através do seu próprio reflexo na obra.
Cronologicamente, destaca-se a participação na I Manifesta de Roterdão em 1996 e na 51.ª Bienal de Veneza em 2005. Das numerosas exposições individuais que tem vindo a apresentar desde os anos 90, elege-se: Runaway Car Crashed #2, Museu de Serralves, 2000; La pensée et l’erreur, Fundação Joan Miró, Barcelona, 2001; East International, Norwich, 2002; Blind Runner, CCB, 2004; Smuggling, Museu de Arte Contemporânea de Elvas, 2015; Linguistic Ground Zero, MAAT, 2018. João Louro representou Portugal na Bienal de Veneza de 2015, com a exposição I Will Be Your Mirror | Poems and Problems. A sua obra encontra-se integrada em coleções nacionais e internacionais.
RS, setembro 2020