Artistas

Júlio Pomar

1926LisboaPortugal
2018LisboaPortugal
Júlio Pomar (Lisboa, 1926 - Lisboa, 2018), ingressa na Escola António Arroio aos oito anos, seguindo-se os estudos na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde se inscreve em 1942. Em 1944, transita para Escola de Belas Artes do Porto e participa na Exposição dos Independentes (Porto e Coimbra; Lisboa, 1945), integrando, no ano seguinte, a IX Missão Estética de Férias, em Évora, cuja influência da ruralidade está presente em obras como Gadanheiro. Dá início à sua produção literária, e passa a dirigir a página “Arte” no Jornal A Tarde do Porto. Até 1953, publica mais de setenta artigos em diversos periódicos. Estes textos – que abordam a necessidade de uma reforma na pintura portuguesa – reflectem o papel central que este artista teve no movimento neo-realista em Portugal. Os primeiros anos da sua carreira, estariam também associados ao ativismo político de resistência ao regime Estado Novo, nomeadamente através do MUD Juvenil, o que está na origem da detenção de Pomar na prisão de Caxias, entre Abril e Agosto de 1947. No mesmo ano, participa na II Exposição Geral de Artes Plásticas da SNBA, em que a sua pintura Resistência é apreendida. Entre 1950 e 1952 realiza várias exposições individuais no Porto e em Lisboa. Em 1953, participa na II Bienal de São Paulo. Em 1956, com outros artistas, funda a cooperativa Gravura e, no ano seguinte, recebe o 1º Prémio de Gravura na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), instituição que, em 1961, lhe confere também o Prémio de Pintura, na II Exposição de Artes Plásticas. Em 1963, muda-se para Paris, e no ano seguinte recebe uma Bolsa da FCG. Uma das obras da série Le Bain turc é exposta no Museu do Louvre, em 1971. A partir de 1983, divide a sua vida entre Paris e Lisboa. As décadas seguintes são marcadas por uma intensa atividade artística e expositiva, incluindo várias retrospetivas e antológicas, tanto a nível nacional e internacional, e por diversas galardoações, como o Prémio AICA-SEC (1994), o Prémio Celpa/Vieira da Silva (2000) e o Prémio Amadeu de Souza-Cardoso (2003). Em 2004, o artista institui a Fundação Júlio Pomar e, em 2013, é inaugurado o Atelier-Museu Júlio Pomar. A sua obra está representada em inúmeras coleções, em Portugal e no estrangeiro.
 
FMV, outubro 2020

Obras

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