Artistas

Júlio Resende

1917PortoPortugal
2011GondomarPortugal
Júlio Resende (Porto, 1917 - 2011) dedica-se desde novo à pintura, tendo recebido as bases de desenho na Academia Silva Porto. Paralelamente, realiza ilustrações e bandas desenhadas para jornais e publicações infantis. Em 1937, matricula-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde é aluno de Dórdio Gomes. Em 1943, participa na I Exposição de Independentes e realiza a sua primeira exposição individual, no Salão Silva Porto. Três anos mais tarde, como bolseiro do Instituto de Alta Cultura, parte para Paris, onde é discípulo de Duco de la Haix e Otto Friez, dedicando-se também à aprendizagem das técnicas de fresco e gravura. De Paris, viajou ainda para outras capitais europeias. Em 1949, em Portugal, expõe a produção dos anos anteriores, na qual se comprova a influência e importância que o contacto com os movimentos modernistas europeus tiveram na sua obra, particularmente, o cubismo e o expressionismo. No mesmo ano, trabalha como professor em Braga e, posteriormente, em Viana do Alentejo, expondo pela primeira vez individualmente num contexto internacional, na Noruega. A década de 50, constituiu um período de maturação e afirmação da sua obra em Portugal, comprovado pela participação no I Salão dos Artistas de Hoje, em 1956, e na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1957, tendo sido premiado em ambas. Os temas ligados à gente do mar foram os predilectos nesta fase, contudo, na década de 60, aproximar-se-ia da pintura abstrata, numa constante renovação da sua obra. Em 1958, integrou a Escola de Belas Artes do Porto como professor, sendo nomeado Presidente do Conselho Diretivo, em 1975. Não abandona a prática artística, destacando-se os registos da ribeira portuense, a qual revisita sucessivamente. No início da década de 90, é criada a Fundação Júlio Resende, e o artista viaja por Cabo Verde, Goa e Moçambique – viagens que causariam, uma vez mais, impacto e alterações na sua pintura, nomeadamente, o aumento e amadurecimento da paleta cromática. Resende expôs e foi premiado regularmente, em Portugal e no estrangeiro, destacando-se a participação na Bienal de S. Paulo, em 1951, e as exposições retrospectivas no Museu Nacional Soares dos Reis, em 1979, e na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1989. A sua obra encontra-se em várias coleções públicas e privadas.
 
FMV, outubro 2020

Obras

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