Obras
As Três Graças (Naked Lunch #35)
sculpture


Data
2019
Técnica
Bronze com banho de prata
Dimensões
34,5 x 24,5 Ø cm
- As Três Graças (Naked Lunch #35)
é uma peça única de pequenas dimensões em bronze, posteriormente banhada a prata. O bronze, material associado à tradição clássica da escultura, o uso do metal precioso, assim como a sua portabilidade e unicidade, conferem-lhe atributo de objeto talismânico. Neste sentido e através desta escultura, tornam-se evidentes aspetos importantes inerentes à obra de Miguel Branco, como a importância da noção de escala, a relação com a história da arte, o questionamento do estatuto da imagem, a fragmentação e a estrutura serial que normalmente adota. Conceptualmente, a série da qual faz parte esta obra, tem por referência o livro - Naked Lunch
de William Burroughs, uma vez que são coincidentes a recriação de inesperadas encenações num tempo paralelo - “- interzone
” - o sarcasmo, o mistério e a exposição da fragilidade da existência. Por sua vez, também esta imagem escultórica de carácter espectral alude ao cariz impermanente e simultaneamente valioso em que tudo é frágil e pequeno.
O grupo escultórico, composto por três elementos, apresenta-se sob a forma de esqueletos, em que o movimento captado, as poses e o pronúncio da continuidade do gesto, de onde reside ainda surpreendente expressividade, deixa desvendar a sua identidade - - As três Graças
. As Graças ou Cárites, pertencem à mitologia grega, primeiramente representadas na pintura romana e tornadas célebres por Rubens, Botticeli ou Antonio Canova, são símbolo de beleza, graciosidade, alegria e criatividade.
Abraçadas, estas estranhas figuras fantasmáticas parecem ser a evocação da memória e o confronto com os limites da vida na consciência e convivência com a inevitabilidade da morte: a experiência única, irreplicável e privada. Uma imagem da fragilidade do corpo humano ou uma espécie de novo ícone do mundo contemporâneo.
Carolina Quintela
é uma peça única de pequenas dimensões em bronze, posteriormente banhada a prata. O bronze, material associado à tradição clássica da escultura, o uso do metal precioso, assim como a sua portabilidade e unicidade, conferem-lhe atributo de objeto talismânico. Neste sentido e através desta escultura, tornam-se evidentes aspetos importantes inerentes à obra de Miguel Branco, como a importância da noção de escala, a relação com a história da arte, o questionamento do estatuto da imagem, a fragmentação e a estrutura serial que normalmente adota. Conceptualmente, a série da qual faz parte esta obra, tem por referência o livro - Naked Lunch
de William Burroughs, uma vez que são coincidentes a recriação de inesperadas encenações num tempo paralelo - “- interzone
” - o sarcasmo, o mistério e a exposição da fragilidade da existência. Por sua vez, também esta imagem escultórica de carácter espectral alude ao cariz impermanente e simultaneamente valioso em que tudo é frágil e pequeno.
O grupo escultórico, composto por três elementos, apresenta-se sob a forma de esqueletos, em que o movimento captado, as poses e o pronúncio da continuidade do gesto, de onde reside ainda surpreendente expressividade, deixa desvendar a sua identidade - - As três Graças
. As Graças ou Cárites, pertencem à mitologia grega, primeiramente representadas na pintura romana e tornadas célebres por Rubens, Botticeli ou Antonio Canova, são símbolo de beleza, graciosidade, alegria e criatividade.
Abraçadas, estas estranhas figuras fantasmáticas parecem ser a evocação da memória e o confronto com os limites da vida na consciência e convivência com a inevitabilidade da morte: a experiência única, irreplicável e privada. Uma imagem da fragilidade do corpo humano ou uma espécie de novo ícone do mundo contemporâneo.
Carolina Quintela