Obras
Sem título (Veado branco)
sculpture


Data
2016
Técnica
Bronze pintado
Dimensões
176,5 x 266 x 75 cm
Sob uma postura imóvel e serena surge representado um veado branco, escultura em bronze pintado, do artista português Miguel Branco. Quase como uma aparição, de dimensão muito superior à real, - Sem Título (Veado Branco)
datado de 2016, apresenta uma única figura reclinada sobre um plinto retangular maciço, mas que apesar de perfeitamente estática parece simultaneamente alerta, tornando-se misteriosa e desafiadora.
O porte, a brancura, a simplificação das formas e volumetria não só reforçam um determinado carácter clássico como também revelam a confluência de várias referências formais da própria história da arte e da escultura, desde a arte egípcia ou romana, à gótica ou neoclássica, característica recorrente da obra de Branco. Por outro lado, a escala da peça desnaturaliza o animal representado e torna inusitada a sua presença imponente que, entre as referências do passado histórico, a história natural e a cultura popular, revela um corpo híbrido.
O carácter enigmático da escultura proporciona maior abertura ao questionamento por parte do espectador que pode levar, em certos casos, a uma estranheza ou até fascínio. O tempo, dado importante na obra do artista, está uma vez mais muito presente nesse cruzamento, em que é questionado o estatuto da imagem e o seu carácter surpreendente.
Carolina Quintela
datado de 2016, apresenta uma única figura reclinada sobre um plinto retangular maciço, mas que apesar de perfeitamente estática parece simultaneamente alerta, tornando-se misteriosa e desafiadora.
O porte, a brancura, a simplificação das formas e volumetria não só reforçam um determinado carácter clássico como também revelam a confluência de várias referências formais da própria história da arte e da escultura, desde a arte egípcia ou romana, à gótica ou neoclássica, característica recorrente da obra de Branco. Por outro lado, a escala da peça desnaturaliza o animal representado e torna inusitada a sua presença imponente que, entre as referências do passado histórico, a história natural e a cultura popular, revela um corpo híbrido.
O carácter enigmático da escultura proporciona maior abertura ao questionamento por parte do espectador que pode levar, em certos casos, a uma estranheza ou até fascínio. O tempo, dado importante na obra do artista, está uma vez mais muito presente nesse cruzamento, em que é questionado o estatuto da imagem e o seu carácter surpreendente.
Carolina Quintela