Obras
Sem título
painting


Data
2013
Técnica
Óleo sobre tela
Dimensões
210,5 x 150,2 cm
Assumindo o legado referencial da tradição e história da pintura, José Loureiro tem desenvolvido uma pesquisa plástica diversificada e desprendida de uma finalidade programática rígida e pré-estabelecida. Como consequência, a sua reflexão em torno dos meios de organização sistemática do espaço de representação concretiza-se em obras que, fazendo parte de um mesmo sistema pictórico, revelam grande heterogeneidade de soluções formais e conceptuais.
Realizada em 2013, Sem Título - como grande parte dos seus trabalhos de abstração geométrica -, gravita em torno de um elemento básico - o retângulo -, cuja forma se repete e declina em três níveis distintos: o negro que cobre quase todo o suporte, em posição estática e estável; o branco de que apenas se vislumbra uma secção, e cujo ângulo parece dar indício de perspetiva e de movimento no espaço; e o vermelho, encaixado no espaço branco e acentuando as suas potenciais características, pela curvatura e alongamento de um já não retângulo mas cuja forma original pode ainda ser adivinhada. A interrelação entre os vários elementos parece corresponder a uma hierarquia e a uma ordem de submissão formal que é, de certo modo, equilibrada pelo esquema cromático. O preto dominante comporta-se como catalisador da área branca, conferindo-lhe uma particular luminosidade; por sua vez, o branco exerce o mesmo efeito no vermelho, uma espécie de halo que se molda aos limites do trapézio branco, animando a composição.
Recorrendo a elementos básicos que nunca são apenas formas destituídas de conteúdo e expressão, nesta composição José Loureiro desenvolve a sua reflexão em torno da possibilidade de uma pintura pura, investigando questões de ritmo, equilíbrio dinâmico, tensão e oscilação óticas, vibração espacial - em suma, a variabilidade harmónica dos componentes pictóricos.
JB
Realizada em 2013, Sem Título - como grande parte dos seus trabalhos de abstração geométrica -, gravita em torno de um elemento básico - o retângulo -, cuja forma se repete e declina em três níveis distintos: o negro que cobre quase todo o suporte, em posição estática e estável; o branco de que apenas se vislumbra uma secção, e cujo ângulo parece dar indício de perspetiva e de movimento no espaço; e o vermelho, encaixado no espaço branco e acentuando as suas potenciais características, pela curvatura e alongamento de um já não retângulo mas cuja forma original pode ainda ser adivinhada. A interrelação entre os vários elementos parece corresponder a uma hierarquia e a uma ordem de submissão formal que é, de certo modo, equilibrada pelo esquema cromático. O preto dominante comporta-se como catalisador da área branca, conferindo-lhe uma particular luminosidade; por sua vez, o branco exerce o mesmo efeito no vermelho, uma espécie de halo que se molda aos limites do trapézio branco, animando a composição.
Recorrendo a elementos básicos que nunca são apenas formas destituídas de conteúdo e expressão, nesta composição José Loureiro desenvolve a sua reflexão em torno da possibilidade de uma pintura pura, investigando questões de ritmo, equilíbrio dinâmico, tensão e oscilação óticas, vibração espacial - em suma, a variabilidade harmónica dos componentes pictóricos.
JB