Artistas
José Pedro Croft
Natural do Porto, José Pedro Croft (1957) vive e trabalha em Lisboa. Formado em Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, 1976-1981, a sua aprendizagem em escultura beneficiou da colaboração no atelier do artista João Cutileiro, onde experienciou o corte com a tradição escultórica do Estado Novo, assimilou a revalorização da materialidade e a recusa da manualidade. Reconhecido desde os anos de 1980 como figura central na atualização do campo escultórico, Croft afirmou-se igualmente nas áreas do desenho e da gravura. O seu percurso inicial é marcado por uma série de exposições coletivas - Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, 1981, Galeria Metrópole, 1983, Arquipélago SNBA, 1985 – que consolidam a geração emergente a que pertence e onde se encontra também Cabrita Reis, Pedro Calapez, Rui Sanches, Rosa Carvalho e Ana Léon.
Partindo do trabalho em pedra, maioritariamente mármore, Croft desenvolveu composições arquitetónicas de referente fúnebre (Sem título, 1986, SEC), explorando a acumulação de elementos em sobreposição. Nos anos 90, destaca-se a justaposição de grandes volumes paralelepipédicos de gesso e peças de mobiliário, contrariando a funcionalidade dos objetos (Sem título, 1995, CCGD), sendo que, desde 1996 a noção de montagem complexificou-se em estruturas onde surgem planos de espelho (Sem Título, 2001, MACAM). Essa pesquisa estende-se aos dispositivos de ferro, vidro e espelho que têm caracterizado a produção das últimas décadas. Ativados na relação com o espectador e com o espaço, estes objetos geométricos integram ainda cores primárias. Recorrendo a um léxico de materiais reduzido - mármore, ferro, vidro, espelho, ou madeira – José Pedro Croft regressa regularmente a objetos do quotidiano como mesas, cadeiras ou portas. Variando em complexidade, as suas construções desconstroem noções de equilíbrio, peso e densidade.
Representado em coleções nacionais e internacionais, a sua obra tem sido alvo de importantes exposições individuais, José Pedro Croft, FCG, 1994; José Pedro Croft 1979-2002 Retrospectiva: 2002; José Pedro Croft Gravuras, FCG, 2006, e Objectos Imediatos, Cordoaria Nacional, 2014-. Em 1995 integrou a representação portuguesa da Bienal de Veneza, recebeu em 2001 o Prémio Nacional de Arte Pública Tabaqueira (Queluz) e o Prémio EDP – Desenho, e em 2007 o Prémio AICA.
RS, setembro 2020
Partindo do trabalho em pedra, maioritariamente mármore, Croft desenvolveu composições arquitetónicas de referente fúnebre (Sem título, 1986, SEC), explorando a acumulação de elementos em sobreposição. Nos anos 90, destaca-se a justaposição de grandes volumes paralelepipédicos de gesso e peças de mobiliário, contrariando a funcionalidade dos objetos (Sem título, 1995, CCGD), sendo que, desde 1996 a noção de montagem complexificou-se em estruturas onde surgem planos de espelho (Sem Título, 2001, MACAM). Essa pesquisa estende-se aos dispositivos de ferro, vidro e espelho que têm caracterizado a produção das últimas décadas. Ativados na relação com o espectador e com o espaço, estes objetos geométricos integram ainda cores primárias. Recorrendo a um léxico de materiais reduzido - mármore, ferro, vidro, espelho, ou madeira – José Pedro Croft regressa regularmente a objetos do quotidiano como mesas, cadeiras ou portas. Variando em complexidade, as suas construções desconstroem noções de equilíbrio, peso e densidade.
Representado em coleções nacionais e internacionais, a sua obra tem sido alvo de importantes exposições individuais, José Pedro Croft, FCG, 1994; José Pedro Croft 1979-2002 Retrospectiva: 2002; José Pedro Croft Gravuras, FCG, 2006, e Objectos Imediatos, Cordoaria Nacional, 2014-. Em 1995 integrou a representação portuguesa da Bienal de Veneza, recebeu em 2001 o Prémio Nacional de Arte Pública Tabaqueira (Queluz) e o Prémio EDP – Desenho, e em 2007 o Prémio AICA.
RS, setembro 2020